O mobile gaming está a crescer a olhos vistos, sendo cada vez mais sérios os aficionados pelas sessões de jogo através dos smartphones, que optam, muitas vezes, por utilizar um comando. O Razer Kishi é uma das propostas da Razer para este segmento em crescimento, sendo um controlador que oferece uma proposta completamente diferente de outros dispositivos da marca, como o Razer Raiju.
Através do Kishi, a Razer consegue dar ao jogador um controlador que não depende de uma bateria própria, é extremamente prático e com um bom funcionamento em todo o tipo de software para o qual possui suporte. Assim, após algumas semanas de utilização do Razer Kishi, esta é a análise completa do Techenet.
Razer Kishi: um design muito bem conseguido que prima pela praticabilidade
Ainda que não possua um conceito de design inovador, Razer Kishi é um dos comandos com melhor execução da sua ideia. Sendo facilmente aberto ou fechado, o comando divide-se em duas partes que ladeiam o smartphone na horizontal, “abraçando-o”. Esta característica é imediatamente uma vantagem face a outros comandos, considerando que a estrutura do Kishi aproveita e bem a estrutura do smartphone, fazendo deste último uma espécie de extensão e não requerendo qualquer tipo de suporte.
A manter ambas as partes conectadas está um elástico na contra-face do Razer Kishi, que se estende ou retrai conforme necessário para se ajustar ao tamanho do smartphone, tendo a função de alojar os cabos que ligam a parte esquerda do controlador, à parte direita, onde é feita a conexão ao smartphone.
Esta opção de design permite também ao Razer Kishi ser muito facilmente guardado, já que, quando fechado, torna-se bastante compacto e, consequentemente, é bastante fácil de transportar, especialmente considerando a sua leveza. Para tal, basta fechar o comando e encaixar a pequena placa traseira que segura o elástico.
Um dos pontos distintivos no design do Razer Kishi é o facto de este se conectar diretamente ao smartphone através da entrada USB-C. Esta característica elimina automaticamente dois problemas dos comandos de gaming, já que o Kishi se alimenta da energia do smartphone, não necessitando de uma bateria independente e, por via da conexão direta através da entrada USB-C, o comando não apresenta qualquer falha na conexão, ao contrário de outras opções no mercado com conexão via Bluetooth, que tendem a criar alguma lag.
O Razer Kishi possui ainda pormenores interessantes no seu design. De forma a não interromper as sessões de gaming, o próprio Razer Kishi possui uma entrada USB-C utilizada para alimentar a bateria do smartphone, já que a entrada do smartphone está a ser utilizada, precisamente, pelo Kishi. Por outro lado, há duas ranhuras na parte direita do dispositivo que permitem propagar o som do altifalante inferior do smartphone, que ficaria tapado pelo encaixe do comando. Fica aqui apenas a faltar uma entrada de áudio jack 3.5mm, sendo que o utilizador terá necessariamente de recorrer a uns auscultadores ou auriculares bluetooth quando utiliza o Razer Kishi.
As sessões de gaming com o Razer Kishi são um prazer
Passando à parte que mais importa, a experiência de utilização deste comando em sessões de gaming é, por curtas palavras, prazerosa. A facilidade com que tiramos o Razer Kishi do bolso para o encaixarmos no smartphone numa questão de segundos e começamos imediatamente a jogar torna-se quase um incentivo a que tal aconteça com maior frequência.
Aliás, para tal contribui a boa integração do dispositivo nos jogos e aplicações para os quais tem já compatibilidade. Entre os jogos mais conhecidos, destaca-se o Asphalt 9: Legends e o Fortnite, mas podemos destacar também alguns títulos pagos como o Pascal’s Wager ou Dead Cells.
Apesar da facilidade com que se utiliza este comando nos jogos que suportam utilização de controladores físicos, a verdade é que essa lista é ainda curta na Play Store, sendo que títulos como o Genshin Impact (na versão Android) ou Call of Duty: Mobile não têm compatibilidade com o Razer Kishi.
Não podemos deixar de referir que, por outro lado, o Razer Kishi é compatível com alguns dos principais serviços de streaming de videojogos, como o Google Stadia, GeForce Now e Microsoft X Cloud. Tendo usado o Google Stadia como principal forma de testar a nossa unidade em análise, podemos referir desde já que não encontramos nenhum entrave, sendo uma excelente experiência jogar FIFA 21 através do Google Stadia com o Razer Kishi através de um smartphone.
E se essa experiência de jogo foi positiva, tal deve-se à construção do comando da Razer. Revelando-se bem mais sólido do que esperávamos, o Razer Kishi não apresenta nenhum barulho “parasita” em qualquer dos botões (mesmo sendo uma unidade de teste) e a sensação dos botôes foi agradável e com bom clique, incluindo os gatilhos superiores.
Conclusões
O Razer Kishi revelou-se nos nossos testes um dispositivo muito agradável de utilizar, com uma solidez, qualidade de construção e design de realçar. A facilidade com que o podemos usar incentiva às sessões de jogo, nunca se tornando um entrave a que essas sessões se realizem, já que não depende de uma fonte de alimentação própria e de carregamentos independentes. Apesar da sua qualidade, e considerando que este é um comando apenas dedicado ao mobile gaming, o preço de 79,99€ que encontramos em grande parte dos revendedores pode ser um entrave ao consumidor, que poderá ter interesse em optar por um comando capaz de ser utilizado também em consolas.
No entanto, atualmente não encontramos qualquer comando que apresente a praticabilidade do Razer Kishi, que pela experiência que nos proporcionou, nos deixou com boas perspetivas para o futuro do mobile gaming, sendo que este tipo de comando poderá muito em breve ser a eleição dos consumidores.
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A nossa análise
Razer Kishi
O Razer Kishi prima pela portabilidade e facilidade de uso, encaixando no smartphone sem grandes demoras e sendo igualmente fácil de arrumar. Este é, sem dúvida, um dos melhores comandos para mobile gaming do momento.
O melhor
- Ergonomia
- Facilidade de utilização
- Não necessita de ser carregado
- Portabilidade
O pior
- Oferta de jogos compatíveis ainda é curta
- Preço
Classificações
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Portabilidade
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Conforto
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Compatibilidade
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Facilidade de utilização
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Preço
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