Há vários anos que os Mac da Apple permitem já a instalação de aplicações third-party, e parece que Craig Federighi julga ser essa a principal causa dos problemas de segurança dos computadores de Cupertino.
O líder da divisão de software da Apple defendeu durante a sua audição no processo judicial que coloca a Apple contra a Epic Games, que os computadores Mac têm muitos mais problemas de segurança em comparação com o iOS uma vez que é um sistema operativo muito mais aberto à influência externa.
Apesar destas palavras poderem ser vistas como um ataque de Federighi à empresa que lhe paga o salário, a verdade é que o executivo procurou com isto defender o facto da Apple recusar a abertura de várias lojas de aplicações no iOS argumentando que isso teria um impacto sério na segurança dos utilizadores.
Federighi procurou defender a posição da Apple em relação a múltiplas lojas de aplicações no iOS
O julgamento do caso que opõe a Epic Games à tecnológica americana tem revelado que a Epic estará a tentar que o juíz obrigue a Apple a aceitar múltiplas App Stores no iOS, e estas palavras de Federighi foram proferidas com o intuito de mostrar o porquê da Apple recusar esse caminho.
Ao admitir que o facto do macOS ser um sistema operativo recetivo a todo o tipo de aplicações de terceiros acarreta níveis de malware inaceitáveis, o executivo procurou convencer o juíz de que as questões de segurança justificam a posição “monopolista” da Apple em relação ao iOS.
Mais ainda, Federighi referiu que o iOS colocou já a fasquia da segurança e da proteção dos utilizadores bem alto, admitindo que o mesmo não acontece com o Mac. Mesmo concedendo falhas no macOS, o argumento apela à responsabilidade relativa a quem usa o iOS e estabelece diferenças entre os dois produtos.
Mac foi afetado desde maio do ano passado por 130 tipos de malware distintos
Segundo as suas declarações, o Mac foi afetado desde maio do ano passado por 130 tipos de malware distintos, colocando em risco mais de 300 mil sistemas. Mesmo assim, a Apple defende o Mac dizendo que é um produto pensado para utilizadores diferentes sem deixar de ser a opção mais segura.
Com este tipo de discuros, Federighi procurou convencer o juíz de que a abertura do iOS a lojas de aplicações de terceiros permitiria que os utilizadores descarregassem apps de fontes de baixa confiança, algo que colocaria em risco a segurança dos seus dados pessoais.
O caso da Epic vs Apple promete fazer correr ainda muita tinta, com o desfecho a ter potencial para mudar a forma como o perdedor passará a abordar o mercado. Por aqui continuaremos a seguir com atenção o desenrolar do processo e a trazer-vos as novidades mais relevantes em primeira mão.
via: The Verge
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