Uma semana depois do lançamento a sonda lunar Chang’e 5 terminou a recolha amostras rochosas da superfície lunar e prepara-se para regressar à Terra.
“Às 22h00 de 02 de dezembro (14h00, em Lisboa), após 19 horas a operar na superfície lunar, a Chang’e 5 concluiu com sucesso a recolha de amostras, que foram já embaladas e armazenadas, conforme planeado”, avançou Administração Espacial Nacional da China.
Aquela que é a primeira expedição à Lua em décadas – e a primeira da China – aterrou na Lua. A sonda lunar Chang’e 5, lançada para o espaço na semana passada pousou na superfície lunar nesta terça-feira à tarde.
O processo teve início na manhã de sábado, dia 23 de novembro, mais precisamente às 4:48 da manhã, hora do pacífico (00:48 de em Portugal), quando, segundo o Projeto de Exploração Lunar da China a sonda desacelerou, através da uma queima, no seu motor principal, durante 17 minutos) para se aproximar da superfície e ser atraída pela gravidade da Lua.
O objetivo da sonda lunar Chang’e 5
O primeiro objetivo da sonda lunar chinesa era o de recolher cerca de dois quilos de solo (lunar), que seriam depois transportados para Terra e devidamente analisados. Para tal a sonda pousou no chamado Oceano de Tempestades – dados indicam que o local é um dos mais antigos da Lua, possibilitando informações sobre a origem da mesma.
Durante dois dias a sonda lunar perfurou a superfície lunar, recolheu amostras e prepara-se agora para regressar à Terra. A previsão é a de que aterre algures na região da Mongólia Interior, ainda este mês.
As amostras agora recolhidas deverão dar pistas importantes não só sobre o surgimento da Lua, a sua idade (de forma mais exacta), mas, também, sobre a evolução deste satélite. E convém referir que esta expedição é a terceira do género, depois da norte-americana e da soviética e que, mais importante, a última vez que se recolheram amostras da Lua ocorreu na década de 70 (do século passado).
Nos últimos anos a China tem vindo a aumentar a cooperação com a Agência Espacial Europeia, no entanto a interação com a NASA é muito limitada, em virtude da preocupação das autoridades dos EUA sobre a natureza secreta e estreitas ligações militares do programa chinês.