A forma como realizamos pagamentos está se tornando cada vez mais prática e otimizada. Se o cartão de crédito já faz com que muitos sequer andem com dinheiro na carteira, mesmo que a compra seja à vista, a tecnologia de pagamento por aproximação promete oferecer ainda mais agilidade em transações, fazendo com que não seja necessário nem mesmo inserir o cartão na maquininha para realizar pagamentos.
Como funcionam os pagamentos por aproximação?
O pagamento por aproximação acontece por meio de uma tecnologia chamada Near Field Communication (NFC) ou, em português, “comunicação por campo de proximidade”. É ela que torna possível que uma transação seja realizada simplesmente a partir da proximidade de dois dispositivos.
A nova tecnologia, claro, também conta com dispositivos de segurança bastante específicos. Cada transação realizada com a NFC gera uma espécie de criptografia, que protege os seus dados e os do cartão. A criptografia é umas das principais medidas de proteção, utilizada por bancos, lojas virtuais e sites de apostas e jogos de azar, garantindo a segurança dos cassinos online e das demais plataformas virtuais que utilizam da tecnologia.
Outra vantagem da tecnologia de pagamento por aproximação é que você pode realizar transações não só por meio do cartão de crédito, mas também com celulares, pulseiras e relógios que possuam NFC. Bastando apenas aproximar os dispositivos da máquina de pagamento. Em dispositivos com a tecnologia Android, essa opção está disponível desde 2017 pelo “Android Pay”.
Número de cartões por aproximação cresce no Brasil
Os cartões de pagamento por aproximação já estão nas mãos de muitos consumidores no Brasil. O Santander, por exemplo, já emitiu este ano 1,2 milhões de cartões NFC e a previsão é que o número cresça para 15 milhões até ao fim de 2020. De acordo com o superintendente executivo de Cartões do Santander, Rogério Panca, todos os cartões emitidos pelo banco a partir contarão com a nova tecnologia.
O Banco do Brasil, que utiliza a tecnologia desde 2015, já emitiu este ano 2,6 milhões de cartões com NFC e a previsão é terminar 2019 com mais 5 milhões. O plano é que em 2020 todos os clientes do banco possuam a tecnologia.
“Estimamos que, agora, um terço dos novos cartões já está sendo emitido com NFC. Esse movimento começou com os bancos digitais e agora chega nos bancos maiores. Essas instituições estão mais agressivas porque não querem ficar para trás, e essa dinâmica deve acelerar a transformação”, comentou Antonio Cerqueiro, sócio da consultoria Bain & Company.
Esse crescente na utilização de cartões NFC tira o Brasil do atraso na área. Segundo a Mastercard, 20% das transações presenciais já acontecem por meio da tecnologia de pagamento por aproximação.
“O Brasil tende a se tornar, em um curto espaço de tempo, o maior mercado do mundo de pagamentos por aproximação. Hoje, essa modalidade representa menos de 1% das transações, mas a evolução é muito rápida. No Chile e na Costa Rica, em um ano e meio, o NFC passou da metade do total de operações”, afirmou o Presidente da Mastercard Brasil e Cone Sul, João Pedro Paro Neto.
Tecnologia NFC no transporte público urbano
Os cartões NFC podem ser utilizados, inclusive, no transporte público urbano, como já acontece no MetrôRio que, desde o fim de abril, passou a aceitar o pagamento por meio do cartão de crédito por aproximação diretamente em suas catracas, eliminando a necessidade de comprar e carregar um cartão de transporte.
“A tecnologia reduz fila, aumenta a fluidez das estações e diminui custos com emissão de cartões e com bilheteria. Para o passageiro, sobretudo o turista, traz facilidade e conforto”, defendeu o diretor do MetrôRio, Charles de Sirovy. “Nosso objetivo é ir além e ter validadores 100% agnósticos, aceitando todos os tipos de formas de pagamentos”.
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