A sincronização de ondas cerebrais em indivíduos de idade avançada se mostrou capaz de melhorar temporariamente a memória. De acordo com o estudo publicado em 8 de abril na Nature Neuroscience, indivíduos que receberam estímulo elétrico em regiões específicas do cérebro obtiveram ótimos resultados para memorizar. Eles foram capazes de recuperar imagens e mudanças sutis apresentadas antes do teste.
Os resultados trazidos por Robert Reinhart e John Nguyes, cientistas da Boston University, reiteram o potencial cada vez maior de se usar a tecnologia a favor da medicina moderna. Ao reprogramar ondas cerebrais, os dois pesquisadores abriram espaço para terapias não-invasivas capazes de tratar doenças degenerativas que afetam a memória, tais como as síndromes demenciais.
Como funcionou o estudo?
Para chegar aos resultados, os pesquisadores contaram com a participação de 42 pessoas entre os 60 e 70 anos. Eletrodos foram colocados na frente e na lateral da cabeça a fim de produzirem uma corrente elétrica alternada capaz de sincronizar as ondas cerebrais. As regiões do córtex pré-frontal e temporal, no lado esquerdo, são áreas sabidamente envolvidas com a memória, sendo, pois, as regiões escolhidas.
Os cientistas demonstraram que, após apenas 25 minutos de estimulação elétrica, os participantes do estudo foram capazes de recordar se a imagem e eles mostrada foi exatamente a mesma antes do teste, ou se possuía alguma alteração sutil. De forma impressionante, os resultados foram comparados aos de indivíduos em torno dos seus plenos 20 anos de idade. Quanto à duração do efeito, estimou-se uma média de 50 minutos até os benefícios começarem a regredir.
Impacto do envelhecimento na perda de memória
O envelhecimento traz consigo perdas cognitivas intrínsecas à biologia do corpo humano. Aos poucos, as pessoas idosas deixam de fazer as atividades que gostam e necessitam. À luz da modernidade, as redes sociais se tornam dificultosas e pouco práticas. No lado financeiro, o hábito de jogar em loterias e em jogos online, como os cassinos da Netbet, tornam-se mais perigosos devido à perda da capacidade de tolerância ao erro. Em termos sociais, problemas de memória acarretam sérios conflitos familiares e, em situações mais graves, completa perda de função.
Uma das principais problemáticas em se tratando do processo de envelhecimento é o surgimento de síndromes demenciais. A demência, em termos médicos, envolve declínio cognitivo nas áreas de aprendizado, memória, função executiva, atenção, cognição social, dentre outros. A forma mais comum de demência é a Doença de Alzheimer, que conta por 60 a 80% dos casos e cursa com grande perda de memória.
Propostas para o futuro
A pesquisa com estimulação elétrica de ondas cerebrais realizada por Reinhart e Nguyes abre caminhos até então desconhecidos para o tratamento de distúrbios de memória. Esses pesquisadores mostraram que é possível alinhar o crescente aparato tecnológico ao progresso médico, permitindo que terapias inovadoras e não invasivas assumam lugar principal daqui para frente.
Este foi só mais um passo rumo à descoberta dos potenciais terapêuticos da estimulação elétrica em cérebros humanos. Ainda há muito a ser pesquisado para que os efeitos perdurem pelo longo prazo, mas o pontapé inicial já foi dado.
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