OnLive: uma plataforma de jogos na nuvem
Anunciada na Game Developers Conference 2009, a plataforma OnLive foi recebida com certo receio pelos gamers. Afinal, na época era inconcebível a ideia de que é possível rodar jogos pesados em hardwares desatualizados. Muitas vezes alvo de chacota, a plataforma mostrou que tem potencial e pode fazer frente ao Steam e a outros serviços do gênero.
A OnLive é uma plataforma de jogos na nuvem, ou seja, não é necessário realizar nenhum tipo de download ou ter um PC de ponta para rodar jogos exigentes como DiRT ou Crysis. A transmissão de dados se dá por streaming onde o jogo é renderizado e entregue ao usuário em forma de vídeo.
Um serviço multiplataforma
Por funcionar na nuvem, o OnLive é capaz de rodar jogos em PCs, smartphones, tablets, TVs e até mesmo em MACs, o que resolveria o problema da escassez de jogos para máquinas da Apple. Para utilizá-lo em PCs ou tablets é preciso apenas baixar um cliente e é claro, ter uma conexão que atenda às demandas do serviço. Já para quem quer aproveitar seus jogos favoritos na TV é possível comprar um Set-top Box que conecta a TV aos servidores da OnLive.
Muitas desenvolvedoras como EA, Ubisoft e Take-Two já demonstraram seu apoio ao OnLive e vão oferecer seus jogos também pelo serviço. Além disso, a plataforma é bem interativa sendo possível assistir e votar nas partidas de outros jogadores em tempo real, criar pequenos clipes e conversar com amigos também cadastrados. Outra vantagem do OnLive é o aluguel de jogos. Ao invés de pagar o preço integral do jogo, é possível alugá-lo por três ou cinco dias por um valor muito mais em conta. Depois de instalar o cliente e fazer login, o jogador pode jogar grande parte dos títulos por 30 minutos gratuitamente e depois decidir se o compra ou não. Existem dois planos:
- PlayPack: aqui o jogador paga US$ 9,99 por mês e têm acesso a uma lista de jogos predefinida.
- PlayPass: neste plano, o jogador paga o preço integral do jogo e tem acesso ao título enquanto este estiver disponível na plataforma.
Críticas
Mesmo sendo um jeito inovador e diferenciado de se distribuir jogos, o OnLive continua sendo um alvo de críticos internacionais em relação à qualidade e viabilidade do serviço, isso porque os servidores da OnLive estão situados nos EUA, o que aumenta drasticamente a latência e impossibilita a popularização do serviço em países emergentes. Jogadores brasileiros, por exemplo, precisam de conexão superior a 10 ou 15mbps para acessar o serviço com qualidade aceitável.
Outro ponto de críticas é o fato de que o jogo não é exatamente do jogador. A OnLive apenas transmite o vídeo, não há uma mídia física ou um arquivo digital que pode ser baixado e instalado.
Conclusão
Os altos requisitos de banda e a localização dos servidores ainda torna difícil a expansão do serviço. Porém, a OnLive é realmente uma plataforma inovadora, prática e atraente. Ainda mais agora com o lançamento da OnLive Desktop que leva o Windows 7 à tablets e smartphones.
Em tempos de expansão da computação em nuvem, parece que o sucesso do serviço é apenas uma questão de tempo.
E você? Acha que o OnLive tem futuro? Será um cocorrente à altura para o Steam?
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