A Microsoft anunciou ontem o despedimento de 1850 dos seus trabalhadores afetos à produção dos Lumia e com este passo sai virtualmente do mercado dos smartphones e acaba com os vestígios da Nokia na empresa.
Há 3 anos, a Microsoft comprou a divisão mobile da Nokia por 7,1 mil milhões de dólares e vendeu à HDM Global o direito de usar a marca Nokia e as fábricas e estrutura de distribuição à Foxconn, num negócio global de 350 milhões de dólares. Esta aposta perdida saiu muito caro à Microsoft, que terá ainda de pagar qualquer coisa como 950 milhões de euros aos trabalhadores a quem vai rescindir o contrato.
Mas o anúncio dos despedimentos é o canto do cisne, numa altura em que os smartphones com o Windows como SO têm apenas um por cento do mercado.
Os 1850 trabalhadores que serão despedidos até julho de 2017 laboram, na sua grande maioria na Finlândia. Este já é a segunda leva, depois de o ano passado outras 7.800 pessoas terem perdido os seus postos de trabalho.
Em comunicado, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, explicou em comunicado que “estamos a concentrar os nossos esforços nos smartphones nas áreas em que temos diferenciação”, nomeadamente em serviços de segurança e gestão de dispositivos para empresas. “Vamos continuar a inovar nos dispositivos e nos nossos serviços em nuvem para todas as plataformas móveis”, garantiu.
A compra da divisão mobile da Nokia pela Microsoft tinha tudo para ser um bom negócio, mas não foi.
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