E se o telefone começar a tocar enquanto está a fazer sexo? Enquanto o parceiro diz para não atender, o braço estica-se até à mesinha de cabeceira e a diversão acaba invariavelmente com um “vou imediatamente”. Pois isto não é apenas uma cena de filme e não ocorre apenas com pessoas com profissões especiais. É triste, mas 1 em cada 10 interrompe o sexo para atender.
Um estudo agora publicado pelas universidades norte-americanas da Virginia e da British Columbia revela que dez por cento dos inquiridos não só atende o telefone como verifica a notificação que recebe no smartphone enquanto está a fazer sexo.
O estudo foca-se nos problemas que os smartphones podem representar na capacidade de atenção e no bem-estar geral das pessoas e os resultados não foram famosos. Para fazer o estudo, foi pedido a 221 estudantes da University of British Columbia para deixarem os seus smartphones sempre ligados e com o máximo de notificações possíveis, para garantir que ocorreria o máximo possível de interrupções na sua vida diária.
Depois, foi pedido aos estudantes para anotarem o que pensavam sobre a hiperatividade e a falta de atenção que as notificações causavam e não foi surpresa para os investigadores verificar que quanto mais notificações havia, mas os estudantes se sentiam distraídos e com os nervos à flor da pele.
“Os smartphones podem contribuir para esses sintomas por servirem como um rápid e fácil motivo de distração”, afirmou o responsável pelo estudo Kostadin Kushlev, para quem “os resultados sugerem que os constantes estímulos digitais podem contribuir para um cada vez maior e problemático deficit de atenção na sociedade moderna.”
Mas voltemos ao sexo. No estudo, 1 em cada 10 estudantes admitiram que o interrompiam se chegava uma chamada ou mesmo uma notificação de mensagem. E aqui a palavra-chave é admitiam, porque o número dos que têm este comportamento poderá ser mais elevado. Só que não o admitiram.
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