Smartphones são presa fácil
O sistema operacional/operativo Android é o mais apetecido pelos cibercriminosos que voltaram agora as suas atenções para os smartphones. De acordo com a Kaspersky Lab, de 900 malware detetados em Outubro, 800 tinham por alvo smartphones Android.
“Não pense que o seu smartphone é mais seguro que o seu PC”. Com esta frase, o analista sénior de malware da Kaspersky Lab resumiu a apresentação que fez na conferência de imprensa online sobre os riscos de segurança com os smartphones. Os cibercriminosos têm como nova missão piratear smartphones para posterior venda de informações, chantagem, publicitação ou alteração de dados. Só este ano foram descobertos mais programas de malware do que nos sete anos anteriores.
Denis Maslennikov afirmou que dado o grande peso do sistema operacional/operativo Android “é provável que os programas de malware venham a ser criados apenas para este sistema” e os usuários têm de “ler com atenção as autorizações sempre que descarregam um aplicativo” mesmo que o façam de sites confiáveis. Como exemplo, Maslennikov afirmou que em Setembro houve um programa de malware escondido num aplicativo de ring tones que esteve um mês no Android Market até ser detetado.
O malware para smartphones vai ser um problema à escala mundial, “mas para já os principais alvos são a China e a Rússia, apenas porque os cibercriminosos que criam os malware são chineses e russos”.
Atenção às redes sociais
O analista sénior de segurança Denis Maslennikov é também muito claro quando avisa para que se tenha cuidado com a informação que se partilha nas redes sociais, uma vez que elas são uma das principais fontes de informação dos cibercriminosos. A utilização constante da geolocalização (por exemplo) pode dar uma imagem nítida dos nossos hábitos e expor-nos a ataques. Há informação que disponibilizamos conscientemente e em que aceitamos os riscos (ou não pensamos neles), mas há outras que são automáticas. É o caso de quando utiliza o seu smartphone para colocar um post numa rede social. Por defeito, o modelo do aparelho aparece na postagem e, consequentemente, torna mais fácil o trabalho do cibercriminoso.
Como proteger a informação
Com um risco tão grande, o melhor que todos temos a fazer é adotar medidas preventivas: A primeira das quais, sublinhou Denis Maslennikov, é nunca perder o smartphone de vista uma vez que é fácil a um cibercriminoso recolher informação (mesmo quando protegidos por palavra-passe ou com swipelock). Mas não só: se puder, evite hotspots sem encriptação de segurança WPA2, evite divulgar o seu número de telefone e “nunca, mas nunca confie em sms e emails com links”. E, claro, coloque software de segurança credível no aparelho porque “é um erro pensar que o seu smartphone é mais seguro que o seu PC”. Faça atualizações do sistema operacional/operativo, escaneie regularmente o aparelho, tenha em atenção as permissões de segurança dos aplicativos e em caso de dúvida não os instale.
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