Origami, a arte japonesa de dobragem de papel, pode ser usada para criar belos pássaros, sapos e outras pequenas esculturas. Agora, um engenheiro da Binghamton University diz que a técnica também pode ser aplicada na construção… de baterias.
Seokheun “Sean” Choi desenvolveu uma bateria barata feita de papel, segundo a revista “Nano Energy”. A bateria gera energia a partir da respiração microbiana, fornecendo energia suficiente para executar um biossensor à base de papel com nada mais do que uma gota de bactérias que contém o líquido. “A água suja tem muita matéria orgânica”, disse o investigador, em comunicado de imprensa, adiantando que “qualquer tipo de material orgânico pode ser fonte de bactérias para o metabolismo bacteriano.”
O método deverá ser especialmente útil para quem trabalha em áreas remotas com recursos limitados. Isto porque o papel é barato e facilmente disponível, sendo que, muitos especialistas que trabalham no controlo e prevenção de doenças aprenderam que se trata de um material fundamental na criação de ferramentas de diagnóstico no mundo em desenvolvimento.
“O papel é barato e biodegradável”, disse Choi, em comunicado da Universidade, acrescentando que “não precisamos de bombas externas ou seringas, porque o papel pode sugar uma solução, usando apenas a força capilar.”
Enquanto os biossensores baseados em papel têm se mostrado promissores nesta área, a tecnologia existente deverá acompanhar com aparelhos portáteis para análise. Choi disse prever um sistema de autoalimentação, no qual uma bateria de papel geraria energia suficiente – falando em microwatts – para pôr a funcionar um biossensor. A criação deste sistema é o novo desafio do cientista que já recebeu um novo financiamento do National Science Foundation.
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