Quase todo mundo ficou sabendo sobre o ataque hacker sofrido pelos estúdios da Sony, toda a fofoca, prejuízo, impasse diplomático e constrangimento que a empresa sofreu, por causa de um ditador do oriente, que adora querer parecer poderoso.
Toda a empáfia que demonstra está fundamentada no fato de o país ter realizado com sucesso o lançamento de foguetes de longo alcance, seguido de alguns testes nucleares, o que, supostamente, indica a capacidade de lançar mísseis com ogivas nucleares. No entanto, segundo alguns analistas, a Coreia do Norte ainda não tem a capacidade de miniaturizar uma ogiva nuclear, colocá-la num míssil, desenvolver o sistema de decolagem e direção, e acertar o alvo. De qualquer maneira, aos olhos do ocidente, o pequeno país só revela histórias tenebrosas de violência contra seus cidadãos e uma total falta de senso de ridículo, vide as imagens após a morte do antigo ditador, pai do atual, uma linhagem antiga de Kim Jons “alguma coisa”.
A Sony, empresa nipo-americana, que comprou a lendária Paramount e entrou no mundo do cinema, vem há 20 anos fazendo milionários na velha Hollywood, investindo em franquias conhecidas e projetos muito rentáveis, como o Homem Aranha, por exemplo. Mas desta vez, com um filme quase insignificante, acabou se dando muito mal.
Por causa de uma comédia – que todos os que assistiram afirmam ser absolutamente banal – uma crise sem precedentes que envolve quantias vultuosas de dinheiro, além da própria questão moral de render-se aos terroristas virtuais, pode modificar a maneira como Hollywood lida com questões polémicas, tolhendo a liberdade de expressão para sempre.
Nem mesmo Hitler conseguiu tal façanha. Um dos filmes icônicos de Charles Chaplin é justamente aquele no qual o britânico zomba com o chefão nazista, O Grande Ditador, uma de suas obras primas. A Sony foi criticada por sua postura de não enfrentamento até mesmo pelo presidente norte americano Barack Obama.
Após ser atacada por artistas políticos e pela imprensa em geral, o CEO da Companhia, Kazuo Hira, defendeu a empresa, afirmando que os donos das salas de cinema não quiseram apresentar o filme “A entrevista” e que a empresa vai encontrar uma maneira de lançá-lo. Estariam estudando como fazê-lo. A solução encontrada vai balizar o futuro, não apenas da empresa, mas da indústria como um todo.
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