A Cisco revelou, no âmbito do seu evento anual Global Editors Conference, celebrado em São Francisco, as principais tendências tecnológicas para 2015. As previsões foram definidas pelo Cisco Technology Radar, um grupo formado por mais de 80 especialistas e analistas que destacam oito mudanças que marcarão a evolução do sector de TI.
“O nosso mundo está a mudar mais depressa do que imaginamos. As transições tecnológicas acontecem agora no espaço de meses, em vez de levarem anos, desde a Cloud ao vídeo ou à programação de rede. Procurando antecipar-se a estas transições, a Cisco aposta na inovação, colaborando com outras empresas e organismos da indústria, adquirindo empresas com tecnologias complementares e disruptivas e investindo cerca de 6.000 milhões de dólares anuais em I+D. Nesta abordagem tripla, o Cisco Tecnology Radar é um pilar chave na hora de identificar as tendências e desenvolver as tecnologias capazes de transformar a forma como trabalhamos, vivemos, aprendemos e nos divertimos.”, disse António Feijão, SE Manager na Cisco Portugal
Conheça as 8 mudanças que irão marcar a evolução sector de TI:
- Tráfego de Rede Encriptado. Apenas 10% dos 1.000 milhões de páginas web encriptam o tráfego que enviam ou recebem, constituindo isto uma importante vulnerabilidade. Facebook, Twitter e Google já encriptam as suas sessões e a Internet Engineering Task Force (IETF) está a criar novos standards – como o HTTP 2.0 – com capacidade de encriptação por defeito. A Cisco trabalha com a IETF, concebendo soluções como a Elliptic Curve Cryptography, que oferece um elevado nível de encriptação com menor consumo e utilização de memória, essencial para a segurança e privacidade de dispositivos móveis e elementos da Internet of Things (IoT).
- Simplificação da Rede. A simplificação da rede é fundamental para oferecer e tirar partido de novos e melhores serviços na Internet com menor latência. Exige-se uma abordagem de arquitetura composta por diferentes tecnologias – como o Software Defined Networking (SDN) – para tornar a rede mais programável e priorizar as aplicações; Autonomous Networking para facilitar a autoconfiguração e autogestão dos dispositivos conectados, de forma segura; e a convergência de tecnologias IP-óticas.
- Dynamic Spectrum Access. As tecnologias Dynamic Spectrum Access (DSA) e a evolução das diferentes regulamentações permitirão ampliar o espectro disponível de bandas – como GHz TVWS e 3.65-GHz – para dar espaço licenciado e subutilizado ao acesso à Internet sem fios que representará a maior parte do tráfego em 2016. A Cisco colaborará na estandardização de tecnologias de partilha de espectro, baseadas na geolocalização e bases de dados, rádio cognitiva ou Software-Defined Radio, que permitem aos dispositivos adaptar-se à cobertura rádio e frequências disponíveis.
- Segurança na Internet of Things. Com o crescimento exponencial da IoT (50.000 milhões de conexões previstos para 2020), estamos perante um crescente número de ameaças e vulnerabilidades. Muitos dispositivos – como veículos, sensores ou equipamentos médicos – vão operar em ambientes desprotegidos ou vulneráveis, exigindo por isso uma segurança maior, tanto na Cloud como no acesso da rede.
- Contexto Preditivo. A computação consciente do contexto (Context-Aware Computing) permite às redes antecipar a informação que o utilizador vai necessitar e proporcioná-la no local e momento apropriados. A localização é uma das principais aplicações e a Cisco já está a ajudar as organizações a monitorizar os dispositivos sem fios associados aos pontos de acesso WiFi, oferecendo soluções de valor acrescentado aos seus clientes finais, por exemplo em lojas, aeroportos ou restaurantes.
- Analítica em Tempo Real. O conjunto de tecnologias que processam dados em segundos ou minutos para a sua análise, geração de relatórios, automação de processos ou inteligência de negócio, representando uma função relevante nas redes de próxima geração. Empresas líderes estão já a integrar esta analítica em aplicações de elevado desempenho, para utilização em soluções verticais em sectores como o financeiro, os seguros, os transportes, a videovigilância e segurança física ou as redes energéticas. A Cisco proporciona visibilidade em tempo real sobre o tráfego de rede com o software Prime Analytics, sendo o Cisco UCS a plataforma ideal para albergar e disponibilizar a necessária capacidade de processamento para aplicações de análise em tempo real.
- Colaboração Baseada no Navegador Web. A WebRTC, a última evolução de HTML5, é uma API aberta que facilita a colaboração na web sem a necessidade de instalar plugins. Com a integração de comunicações em tempo real nos browsers, a WebRTC permitirá a utilização de aplicações de voz, vídeo e dados de uma forma tão simples como abrir páginas web. A Cisco está a contribuir na standardização da WebRTC e no desenvolvimento de código para Mozilla e Google, utilizando já esses desenvolvimentos nas suas soluções Jabber e WebEx.
- Fog Computing. O Fog Computing leva o Cloud Computing até ao extremo da rede (a Cloud transforma-se em nevoeiro) para proporcionar serviços de computação, armazenamento e comunicação entre os dispositivos ligados e os centros de dados. O Fog Computing é fundamental para as aplicações da IoE, como a distribuição energética inteligente, ou os semáforos inteligentes, que exigem soluções com características de mobilidade, geolocalização, baixa latência e interações em tempo real para processar os dados em movimento. A plataforma Cisco IOx permite integrar e gerir aplicações de software diretamente em routers, switches ou câmaras IP especialmente preparados para ambientes industriais.
Acerca da Cisco
A Cisco é a líder mundial em TI que ajuda as organizações a tirarem partido das oportunidades do futuro, mostrando os benefícios que podem ocorrer quando pessoas, processos, dados e objetos se ligam à Internet.
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