Todos os anos os analistas da Kaspersky Lab avaliam o nível das ciberameaças. Em 2014 registou-se um crescimento considerável no número de ataques maliciosos aos computadores dos utilizadores e aos seus dispositivos móveis, tendo-se assistido também a um maior desenvolvimento no malware financeiro e a uma mudança nos vectores de ataque web. Em 2013, a maioria dos ataques web foi realizada utilizando recursos web maliciosos localizados nos EUA e Rússia, enquanto em 2014 a Alemanha foi o país que mais websites maliciosos alojou, a seguir aos Estados Unidos. A Holanda ocupa o terceiro posto.
Confira os principais destaques:
- A Kaspersky Lab bloqueou 1,4 milhões de ataques a dispositivos baseados em Android, quatro vezes mais que no ano passado
- Foi bloqueado um total de 3,7 milhões de tentativas de ataques a equipamentos basados em OSX. Cada utilizador de Mac encontrou uma média de 9 ameaças durante o ano
- Foi detectado um total de 12.100 Trojans de banca móvel, 9 vezes mais que no ano de 2013, e 53% dos ataques tinham como objectivo roubar dinheiro aos utilizadores (SMS-Trojans, Trojans bancários)
- 19% dos utilizadores de Android (um em cada cinco) encontrou uma ameaça móvel pelo menos uma vez durante o ano
- 75% dos ataques dirigidos contra as finanças dos utilizadores foram levados a cabo utilizando malware bancário. O roubo da carteira de Bitcoins foi a segunda ameaça bancária mais popular (14%)
Veja os números de 2014 em detalhe:
- A Kaspersky Lab bloqueou 6.200 milhões ataques maliciosos nos computadores dos utilizadores e nos seus dispositivos móveis em 2014, mais mil milhões que em 2013.
- 38% dos computadores dos utilizadores receberam pelo menos um ataque web durante o ano.
- 44% dos ataques web neutralizados pela Kaspersky Lab foram realizados utilizando recursos web maliciosos localizados nos EUA (27,5% de todos os ataques), na Alemanha (16,6%); e na Holanda (13,4%).
- As tentativas de roubar dinheiro através do acesso online a contas bancárias foram bloqueadas em quase 2 milhões de equipamentos de utilizadores.
- As soluções da Kaspersky Lab protegem contra uma média de 3,9 milhões de ataques baseados na Internet por dia.
- O antivírus web da Kaspersky Lab detectou mais de 123 milhões de objectos maliciosos únicos: 74% deles foram encontrados em URLs maliciosas.
- Foi bloqueado um total de 3,7 milhões de tentativas de infectar equipamentos baseados em OSX. Cada utilizador do Mac encontrou uma média de 9 ameaças durante o ano.
- As soluções da Kaspersky Lab bloquearam 1,4 milhões de ataques a dispositivos baseados em Android, quatro vezes mais que no ano anterior.
Ameaças móveis
- Foram detectados 295.500 novos programas maliciosos móveis, 2,8 vezes mais que em 2013.
- 12.100 Trojans de banca móvel, 9 vezes mais que no ano passado, foram interceptados, sendo que 53% dos ataques pretendiam roubar dinheiro aos utilizadores (SMS-Trojans, Trojans bancários)
- 19% dos utilizadores de Android (um em cada cinco) encontrou uma ameaça móvel pelo menos uma vez durante o ano.
- Foram registados ataques de malware móvel em mais de 200 países em todo o mundo
“O ano de 2011 foi o do nascimento do malware móvel, especialmente em dispositivos baseados em Android; 2012 foi o ano do desenvolvimento destas ameaças e 2013 o ano em que atingiram a maturidade. Em 2014, o malware móvel concentrou-se nos ataques financeiros: o número de Trojans bancários móveis foi nove vezes mayor que no ano anterior e o seu desenvolvimento continua a um ritmo alarmante”, afirma Roman Unuchek, analista sénior de malware da Kaspersky Lab.
Ameaças financeiras
Segundo os dados da Kaspersky Lab, 75% dos ataques dirigidos contra as finanças dos utilizadores foram feitos com recurso a malware bancário, mas esta não é a única ameaça de carácter financeiro a afectar os utilizadores. O roubo da carteira de Bitcoins foi a segunda ameaça bancária mais popular (14%). O Bitcoin Mining Software (10%) é outra ameaça relacionada com a moeda virtual, que utiliza os recursos informáticos para gerar bitcoins.
Maria Garnaeva, analista de segurança da Kaspersky Lab, afirma: “Uma das maneiras mais eficazes de introduzir malware nos computadores dos utilizadores é explorar vulnerabilidades no Oracle Java e em browsers como o Explorer, Mozilla Firefox, etc. Além disso, os cibercriminosos continuam a utilizar exploits para vulnerabilidades do Adobe Reader. Estas técnicas de infecção continuam a ser populares, simplesmente porque as técnicas de engenharia social continuam também elas a ser eficazes. Todos os anos vemos como os cibercriminosos utilizam novas fórmulas para atrair as suas vítimas. É por isso que os destinatários ainda lêem emails aparentemente inofensivos de uma fonte estranha e abrem ficheiros anexos ou seguem links que os expõem a programas maliciosos”.
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