Em decorrência do anúncio dos seus resultados financeiros, o Facebook acaba por por revelar detalhes do desempenho financeiro do WhatsApp, aplicação móvel de mensagens instantâneas com cerca de 600 milhões de utilizadores, adquirida pela empresa por cerca de US$ 22 bilhões.
Segundo os documentos entregues recentemente à Comissão de Valores Mobiliários, o WhatsApp teria perdido US$ 232,5 milhões nos primeiros seis meses de 2014, um prejuízo consideravelmente maior que o registado no primeiro semestre de 2013 (US$ 58,8 milhões).
Por enquanto, a plataforma não tem anúncios em seu serviço e Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, já disse que não pretende gastar muita energia para rentabilizar a app. Ao considerar que o WhatsApp tem um modelo de negócios que pede que seus utilizadores paguem US$ 1 por ano, tendo em conta o número de pessoas a utilizar a plataforma, ainda assim a empresa está longe de faturar US$ 600 milhões por ano, o que significa que grande parte dos utilizadores ainda não pagam pelo serviço.
De acordo com as informações reveladas pelo Facebook, do valor total pago pela aplicação, a rede social disse ter pago US$ 2,026 bilhões pela base de utilizadores da app, US$ 448 milhões pela marca, US$ 288 milhões pela tecnologia e US$ 21 milhões para outros itens, sobrando US$ 15,314 bilhões relativos ao valor que o WhatsApp possui em termos de crescimento e rentabilidade potencial.
Numa análise final, é possível verificar que o principal objetivo do Facebook ao comprar o serviço não foram os lucros, mas sim a possibilidade de absorver a massa de utilizadores e capitalizar as informações coletadas destas pessoas.
Resultados do Facebook
Apesar dos resultados menos animadores, vale lembrar que em só de WhatsApp vive o Facebook, visto que a empresa ainda tem uma rede social lucrativa e rentável. Só no terceiro trimestre de 2014 o lucro quase dobrou, saltando de US$ 736 milhões para 1,397 bilhão, relativamente ao mesmo período do ano passado.
No que diz respeito ao número de utilizadores, a rede social alcançou o número impressionante de 1,35 bilhão de pessoas que acessam o serviço mensalmente, um aumento de 30 milhões de utilizadores comparativamente aos números anunciados em julho.
O crescimento das receitas também merece destaque, ao alcançar os US$ 3,2 bilhões no trimestre, contra apenas US$ 2 bilhões no mesmo período do ano passado. Além disso, vale ressaltar a presença forte e crescente da rede social em dispositivos móveis, com 703 milhões de pessoas que utilizam a plataforma diariamente a partir dos seus gadgets.
Via Olhar Digital
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