Criada pelo designer Paulo Budnitz, a nova rede social Ello tem causado certo buzz nas demais plataformas de partilha. Além de oferecer aos utilizadores um ambiente com visual limpo e sofisticado, a plataforma nasce com a promessa de ser uma comunidade virtual sem a presença de anúncios.
Claramente, a ideia de participar de uma rede social sem ser bombardeado por anúncios por todos os lados, nem correr o risco de que as informações pessoais sejam, cedo ou tarde, vendidas a terceiros chama a atenção dos internautas.
Contudo, fazer parte da Ello, por enquanto, não é tarefa simples, já que a rede tem adicionado novos integrantes somente através de pedidos de entrada – que já somam algo em torno dos de 27 mil/hora, segundo o criador da plataforma.
De acordo com informações adiantadas pelo Business Insider, a receita que garantirá (ou não!) a sobrevivência da plataforma viria de recursos oferecidos em troca de uma pequena quantia paga pelos próprios utilizadores. O que significa, na prática, que será sempre gratuito utilizar as funções básicas do serviço, mas que algumas das ferramentas utilizadas serão pagas. Para manter de pé esse compromisso, os criadores da rede social até criaram um manifesto, comprometendo-se em nunca exibir anúncios ou vender informação.
Segundo Paulo Budnitz, com a ausência de anúncios, sobram espaços na tela que podem ser utilizados pelos integrantes da rede social. Com isso, tanto nos perfis dos utilizadores quanto no feed de notícias, Ello surge como uma opção aliciante e com muitas possibilidades gráficas – será possível, por exemplo, usar imagens mais amplas no perfil, caso seja do interesse do utilizador.
Embora a rede social ainda esteja em fase fechada de testes, já é possível navegar sem estar inscrito, sendo que muitas das funcionalidades já estão disponíveis: já é possível comentar, mencionar outros utilizadores, ver quantas pessoas visualizaram determinado post, além das próprias atualizações dos integrantes da plataforma.
Para já, a rede social oferece duas opções de navegação: a visualização completa das atualizações da rede de contatos do utilizador, com fotos grandes; ou os chamados “Noise Feeds“, que comprimem os posts de modo semelhante com o que acontece no Tumblr, para facilitar o acompanhamento do conteúdo. Além disso, bloquear utilizadores, integrar áudio (com o SoundCloud) e vídeo, reposts, apps da rede social para dispositivos móveis iOS e Android, envio de mensagens diretas são alguns dos recursos que, brevemente, estarão disponíveis aos utilizadores da plataforma.
Se a nova rede social sobreviverá sem recorrer à venda da base de dados a terceiros ou a implementação de anúncios? Só o tempo irá dizer. Até por que a iniciativa de criar uma rede social sem anúncios não é propriamente uma novidade e que já foi explorada pela Diaspora e pelo App.net, embora nenhuma das duas plataforma tenha alcançado o sucesso nas suas jornadas. Aos interessados em participar da Ello, basta solicitar um convite aqui.
Via Canaltech
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