A CIONET, a maior comunidade de executivos de TI na Europa, com mais de 4.300 CIOs e CTOs, reuniu no dia 5 de junho um invejável painel de oradores no seu evento subordinado ao tema da mobilidade. Esta iniciativa, que teve lugar na NOVA School of Business and Economics, teve como objetivo debater a mobilidade na vertente tecnológica, de experiência de cliente, segurança, conteúdos e modelos e processos de negócio.
O Mobility juntou mais de três dezenas de participantes e contou com Fernando Albuquerque, Diretor de Sistemas e Tecnologia na RTP, José Silveira, Applications Manager da Liberty Seguros, André Gil, Managing Partner da Bliss Applications e António Félix, Remote Channels Manager no ActivoBank.
O evento partiu de premissas tão simples como “Se deixarmos a carteira em casa, não voltamos atrás, alguém há de nos pagar o almoço. Mas se deixarmos o telemóvel em casa de certeza que voltamos atrás para o ir buscar”.
Entre os várias tópicos debatidos, destacamos o facto de algumas empresas verificarem já um maior volume transacional no mobile que no online e com ciclos de utilização também mais largos, como é o caso do ActivoBank. Desafios como uma maior exigência com tempos de resposta, uma menor complacência do utilizador com autenticações complexas, expectativas diferentes por parte de utilizadores Android ou iOS relativamente à forma de interação e experiência, entrega de algo útil e valorizado pelo cliente, necessidades distintas pelos vários interlocutores das empresas, foram também colocados em cima da mesa. Já Fernando Albuquerque referiu ainda os desafios da monetização de conteúdos e da retenção de utilizadores. “Os conteúdos hoje em dia não são rentáveis. Ninguém os faz por serem rentáveis. Mas todos apostam em conteúdos. É um mercado em crescimento muito lento, mas constante, e temos que garantir o nosso lugar junto do utilizador”, afirmou.
Entre as principais conclusões potenciadas pelo encontro, destaque para o facto de muitas organizações ainda encararem a mobilidade como “a existência de mais um dispositivo”, havendo desafios para integrar a mobilidade com Big Data e Cloud. Paulo Guedes do BES acredita que o verdadeiro potencial de rentabilização da mobilidade está na conjugação destes pilares. “Estamos ainda numa fase de aprendizagem no que toca à mobilidade”, afirma, “o big data vai revolucionar a experiência de cliente no mobile”.
Por fim, foi ainda abordada a influência da mobilidade no desenvolvimento de cidades inteligentes. Projetos de gestão de estacionamento ou gestão de filas em serviços públicos que já se encontram em desenvolvimento, ou mesmo a domótica, foram abordados como exemplos de um caminho a ser percorrido com o recurso à mobilidade.
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