“Para cada porta que se fecha, abre-se uma nova janela.” Era o que diria a sua mãe, se soubesse das angústias que há tempos fazem morada no peito da sua Menina. Aprendera desde cedo que esperar por dias melhores, em melhores circunstâncias, era a melhor filosofia de vida. Otimista por natureza, seguia rigorosamente os conselhos da sábia matriarca.
Contudo, verdade seja dita, a espera passiva por janelas a se abrirem [sabe-se lá deus quando], não aquietava aquela alma, tão pouco transformava em sorrisos as rugas de preocupação que ultimamente demarcavam aquele rosto. No fundo, a Menina caçadora de sonhos sabia que a magia estava em acreditar ser possível fazer primaveras mesmo tendo o tenebroso inverno como inquilino indesejável.
A vida estava ali, dando-lhe duas opções apenas: ou sucumbia às agruras cotidianas e pacientemente esperava por lhe abrirem uma janela – como lhe ensinara a velha mãe; ou vestia-se de coragem e saía à caça das novas possibilidades. E eram tantas…
Agasalhou-se, portanto. Enfeitou-se com um largo sorriso e foi florescer mundo à fora, porque a Menina não do tipo de gente que vê portas fechadas, mas sim portas por abrir.
CAssis, a Menina Digital
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