Ecrãs/telas flexíveis e invisíveis, janelas inteligentes e informação no vidro dos automóveis estão muito próximo de serem realidade. Um laboratório português está a desenvolver em colaboração com a Samsung e a Fiat a tecnologia que vai permitir num futuro próximo a eletrônica transparente.
“Esqueçam Estados Unidos e Japão: o campo da eletrônica/eletrónica transparente pôs Portugal no mapa”. A afirmação é do European Research Council. O laboratório de Nanofabricação do Centro de Investigação de Materiais da Universidade Nova de Lisboa está a desenvolver o projeto INVISIBLE, considerado pelo European Research Coucil como um dos projetos completamente inovadores e totalmente originais.
Aquilo que começou por ser ficção científica está a um passo de se tornar realidade. O filme Relatório Minoritário começou por se basear nas primeiras pesquisas sobre o assunto, depois vieram as antevisões mais realistas sobre espelhos interativos. Agora é a vez de o futuro se tornar realidade.
A investigadora Elvira Fortunato é a peça-chave deste projeto. Considerada um dos cinco cientistas de topo na eletrônica/eletrónica transparente, foi a inventora do transístor de papel.
O avanço que o projeto INVISIBLE propõe é a fabricação de ecrãs/telas transparentes com recurso a óxidos metálicos, tais como o óxido de zinco, com semicondutores com resultados melhores do que os atuais materiais, entre os quais o silício.
O European Research Council (ERC), que financia o projeto em 2,25 milhões de euros, a linha de investigação seguida pelo INVISIBLE tem como principais vantagens não desperdiçar tanta energia e a sua fabricação ser mais barata e rápida e ser um material que não se deteriora. De acordo com o ERC, a investigadora Elvira Fortunato e a sua companhia “já conseguiu processar óxidos metálicos à temperatura ambiente, o que o torna o processo de fabricação mais barato e fácil do que a utilização dos caros fornos “.
Em declarações ao português Jornal de Notícias, Elvira Fortunato não quis adiantar mais sobre a sua investigação, lembrando que “das coisas novas, nada há que possa revelar-se”.
A Samsung e a Fiat são parceiras nesta investigação, estando assim na linha da frente para um novo salto tecnológico na eletrônica/eletrónica de consumo. Os espelhos interativos já estão em comercialização pela Cybertecture, mas com uma tecnologia que rapidamente se vai tornar obsoleta com o trabalho desenvolvido em Portugal.
Comentários