O grupo de ativistas na internet Anonymous recusa qualquer ligação aos ataques que afetaram mais de 100 milhões de usuários dos serviços online da Sony. A resposta do grupo surge depois de a Sony o ter acusado de ser indiretamente responsável pelo roubo de dados
“Vamos ser claros, somos uma legião mas não fomos nós: Vocês são incompetentes, Sony”. Este desmentido foi colocado no blog do grupo Anonimous. Um dia antes, a Sony afirmara que o grupo tinha lançado um ataque de negação de serviço contra a companhia e que cibercriminosos tinham aproveitado a luta dos técnicos contra o ataque para roubarem os dados.
A acusação da Sony surge numa carta a congressistas norte-americanos. De acordo com a agência Reuters, a companhia nipónica afirma não ter a certeza de que os organizadores dos dois ataques estivessem a cooperar. Um porta-voz da companhia preferiu não comentar o desmentido dos ativistas pela liberdade na internet.
A Sony tem sido muito criticada pela forma como tem lidado com estes ataques. O primeiro visou os dados pessoais dos usuários da PlayStation Network e da Criocity, tendo lesado mais de 70 milhões de pessoas. O segundo aconteceu também em meados de abril mas só foi conhecido a 5 de maio e levou ao roubo de informações pessoais de perto de 25 milhões de usuários da Sony Online Entertainment.
O Anonymous especializou-se em ataques de negação de serviço, que consiste em bloquear o sistema com uma sobrecarga de tráfego. Quando o faz, publicita os seus alvos e as consequências dos seus ataques. Mas no que diz respeito aos ataques contra a PlayStation Network, Criocity e Sony Online Entertainment, os ativistas são categóricos: “Não fomos nós!”.
Aliás, esta já é a segunda vez que o Anonymous desmente estar por detrás dos ataques que afetaram 100 milhões de usuários. A 24 de Abril, ainda antes de ser conhecido aquele que é o maior roubo de dados da história, os ativistas garantiam não serem os causadores da negação de serviço dos sistemas de entretenimento online da Sony. Percebe-se a cautela, uma vez que tinham anunciado em Dezembro que a companhia nipónica seria o seu próximo alvo.
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