A campanha de crowdfunding do smartphone Ubuntu Edge que consistia em construir um smartphone da ‘próxima geração’ pode vir a ser recordista por ser o maior registo de doações comunitárias alguma vez atingido, mas infelizmente terminou em fracasso. O objectivo era conseguir doações no valor de US $ 32 milhões, mas só se conseguiu chegar ao patamar dos 19 milhões de dólares.
Contudo a Canonical, a organização popularizada pelo o Ubuntu – a popular distribuição Linux, que esteve por detrás desta campanha, só conseguiu angariar uma fracção de mais de US $ 12,8 milhões, isto de acordo com o ticker que possui na sua página Indiegogo.
Estes fundos foram angariados por um número de entusiastas e também estratégia corporativa da Bloomberg.
Embora pareça que quem apoiou esta estratégia de crowdfunding não conseguiram atingir o seu objectivo, e este projecto vai ser colocado de lado, num comunicado de Shuttleworth explica que “muitas das maiores empresas de redes móveis do mundo já se inscreveram para o recém-lançado grupo Ubuntu Carrier Advisory Group”, que vai ajudar a trazer o sistema operacional Ubuntu para o sector da telecomunicações móveis.
A palavra fracasso é um termo um pouco injusto neste caso particular. Aliás esta campanha demonstrou que o Ubuntu tem muito potencial para ser comercializado em dispositivos móveis e que um grande número de consumidores estão interessados e dispostos a pagar os 695 dólares pedidos pelo dispositivo.
O conceito do dispositivo em si é uma verdadeira tentação. Se este dispositivo visse a luz do dia, seria detentor de 128 GB de armazenamento interno, antena dual-LTE e 4GB de RAM. Uma das prometidas funções deste dispositivo seria disponibilizar a opção de dual-boot, ou seja com esta funcionalidade qualquer utilizador ter dois sistemas operacionais no seu smartphone: android e o Ubuntu mobile. Neste ponto o dispositivo já recebeu elogios da média (com base em protótipos) e o facto de a sua campanha de angariação de fundos ter atingido um valor recorde em campanhas deste género, tudo indica que é altamente improvável que a Canonical esteja disposta a desistir deste projecto, muito pelo contrário.
“Quem sabe, talvez um dia vamos dar tudo o que temos aprendido com esta campanha – conquistas e erros – e tentar tudo de novo”, referiu Mark Shuttleworth num comunicado.
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