Os cibercriminosos não conhecem fronteiras, roubam num país, obtém dinheiro em numerário noutro e acabam por gastá-lo num terceiro.
Apesar da grande dificuldade do combate ao cibercrime, a estreita colaboração entre as autoridades internacionais e o sector da segurança consegue, no entanto, obter importantes sucessos.
A Kaspersky Lab, maior empresa privada de soluções de segurança endpoint do mundo, apresenta 5 casos em que os cibercriminosos ficaram a perder.
- Assalto a farmácias online
A operação Pangea6 da INTERPOL foi um claro um exemplo de cooperação internacional. A polícia trabalhou simultaneamente em 100 países e a operação conduziu a 58 detenções, ao encerramento de 9.000 sites e à confiscação de 9,8 toneladas de drogas perigosas vendidas sem receita através de farmácias online. Estas substâncias poderiam ter causado grandes danos à saúde pública já que são normalmente fármacos contrafeitos. Além disso, estes negócios farmacológicos costumam ser actividades acessórias de organizações dedicadas a outros tipos de cibercrime.
- Venda de cartões de crédito
Cinco hackers procedentes da Rússia e Ucrânia roubaram mais de 160 milhões de números de cartões de crédito em New jersey, EUA. O gang entrou nas redes informáticas das companhias NASDAQ, Visa, 7-Eleven e JetBlue Airways, entre outras, e instalou programas que roubavam a informação bem como outros dados de pagamento. Os hackers vendiam os números por 10 ou 15 dólares cada, obtendo um lucro de 300 milhões de dólares. Dois dos cibercriminosos foram presos na Holanda, enquanto os outros três continuam aparentemente a viver na Rússia. Os detidos enfrentam agora uma sentença de 30 anos de prisão nos Estados Unidos.
- 5 anos para os “banqueiros”
Um tribunal de Kiev condenou uns hackers ucranianos a 5 anos de prisão pela sua participação num ataque bancário a grande escala. Os criminosos tinham utilizado o Trojan bancário Carberp para interceptar as comunicações das vítimas com os seus bancos online e roubar o dinheiro a cidadãos da Ucrânia e Rússia. Dadas as semelhanças linguísticas e a aproximação geográfica, muitos hackers russos escondem-se na Ucrânia e vice-versa. Por este motivo, as forças da autoridade de ambos os países trabalham conjuntamente na luta contra os cibercriminosos.
- Do aeroporto para a prisão
O Centro Europeu contra o cibercrime prendeu 43 cibercriminosos em 38 aeroportos de 16 países da Europa. A operação foi simples: a polícia interrogou os passageiros que tinham utilizado cartões falsos ou roubadas para comprar os seus bilhetes. Como resultado, a polícia encontrou cibercriminosos muito procurados e envolvidos em delitos de tráfico de drogas, falsificação de documentos e ataques contra instituições financeiras.
- O vírus da Polícia desarticulado em Espanha
Recentemente foi desmantelada uma rede que supostamente infectou com um vírus computadores de 30 países através de uma mensagem de engodo que dizia provir da Polícia. Na operação, levada a cabo pela polícia em colaboração com a Europol foram detidas 11 pessoas, 10 delas em Espanha. Os cibercriminosos enviavam mensagens de email fazendo-se passar por Polícias exigindo ao utilizador o pagamento de uma suposta multa de 100 euros por aceder a páginas ilegais. Com este esquema – que também afectou Portugal – conseguiram arrecadar um milhão de euros desde que o vírus foi detectado, em 2011.
A Kaspersky Lab, na sua incessante luta contra o cibercrime, é uma das empresas que trabalha lado a lado com as autoridades para fazer com que estes casos de sucesso sejam cada vez mais frequentes e que as actividades criminosas online não fiquem impunes.
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