Aquela a que chamamos “a máquina mais perfeita” é uma máquina orgânica em evolução há mais de 200.000 anos e que o Homem traz de série. Esta “tecnologia” ainda não foi igualada nem ultrapassada e é ela: CÉREBRO e MENTE.
Desde sempre que a tecnologia faz por imitar esta máquina humana e, de certa forma tem-no conseguido, e até com vantagens em termos de velocidade e assertividade imitando as capacidades humanas, melhorando os resultados finais em termos de número, consistência e até manutenção.
Como fazer uma máquina intuir? Como fazer uma máquina SENTIR EMOÇÕES?
Só quando se começa a estudar mais a fundo a forma de funcionar do cérebro, começamos a perceber o desafio épico que representa para a comunidade científica este caminho tendo em conta que esta própria máquina humana está longe de ser co mpreendida a 100%. No entanto lá vamos caminhando a passo na robótica: já temos robots que interagem com os humanos, que ajudam nas tarefas domésticas, que conseguem aprender com essas interacções, que desenham, que jogam, que facilitam em tarefas que envolvem esforço físico, temos já robots que aspiram, que deslocam pessoas da cama para a cadeira, robots com sensores nos mãos e dedos permitindo agarrar em instrumentos e calcular o tipo de força necessária para os segurar sem cair ou danificar, robots que se desviam de obstáculos, que podem compreender várias pessoas a falar em simultâneo…
As inúmeras capacidades do nosso cérebro e mente, muitas delas ainda por explorar e explicar, são um desafio constante à ciência e tecnologia conscientes que o caminho à frente no sentido da inteligência artificial se tornar uma inteligência mais “natural” é ainda muito longo.
Acredito que para avançarmos mais, tecnologicamente, precisamos conhecer melhor a nossa própria tecnologia. Saber como funcionamos, aquilo que somos capazes de fazer, como podemos desenvolver capacidades subaproveitadas e descobrir aquelas que ainda não sabemos ter é, como em tudo na vida, a melhor forma para avançar.
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