Um entusiasta da robótica conseguiu dar vida a uma das personagens mais marcantes do filme Interstellar, transformando o emblemático robot TARS numa versão miniaturizada totalmente funcional. O projeto, que demorou dois anos a ser desenvolvido, não só replica a aparência do robot, mas também consegue reproduzir os seus característicos movimentos.
Charles Diaz, o criador por detrás deste fascinante projeto, documentou todo o processo no portal Hackster, onde revela os desafios técnicos e as diferentes iterações necessárias até alcançar um protótipo capaz de caminhar de forma estável durante várias horas.
A primeira versão do mini TARS foi construída utilizando uma Raspberry Pi 3B+ como unidade central de processamento, complementada por quatro servomotores de elevado binário para controlar os movimentos das pernas e do torso. Para a interface visual, foi integrado um ecrã HDMI de 5 polegadas, sendo todo o sistema controlado através de um comando Bluetooth.
Um percurso de evolução e aprendizagem
Durante o desenvolvimento, surgiram diversos obstáculos que exigiram soluções criativas. Um dos principais problemas iniciais estava relacionado com o peso excessivo das baterias NiMH, que provocava movimentos demasiado bruscos e acabava por danificar as peças impressas em 3D após apenas alguns passos.
A descoberta mais significativa do projeto surgiu quando Diaz percebeu que era necessário adicionar um movimento vertical às pernas do robot para replicar fielmente a forma de caminhar do TARS original. Esta perceção revelou-se fundamental para o sucesso do projeto, permitindo que o robot se movimentasse de forma mais natural e eficiente.
Para a construção da estrutura, foi utilizada uma base em alumínio que funciona como uma espécie de coluna vertebral. Sobre esta base, foram montadas peças em policarbonato produzidas através de impressão 3D. O conjunto foi depois revestido com uma carcaça em alumínio e um protetor de ecrã em policarbonato, procurando aproximar-se o mais possível da estética do robot do filme.
Inteligência artificial ao serviço da interação
As versões mais recentes do projeto incluem melhorias significativas, como a otimização do peso e uma distribuição mais eficiente dos componentes. Uma das adições mais interessantes foi a incorporação de braços robóticos duplos, que permitem ao robot interagir com objetos no seu ambiente, aproximando-o ainda mais da sua inspiração cinematográfica.
Para tornar a experiência ainda mais envolvente, o criador integrou o ChatGPT no sistema, permitindo que o robot mantenha conversas de forma natural. Esta funcionalidade adiciona uma camada extra de personalidade ao robot, fazendo-o assemelhar-se ainda mais à carismática personagem do filme.
O projeto continua em desenvolvimento ativo, e Diaz planeia disponibilizar todos os esquemas e instruções necessárias para que outros entusiastas possam construir as suas próprias versões do TARS. Esta iniciativa demonstra como a ficção científica pode servir de catalisador para avanços reais no campo da robótica, combinando engenharia, impressão 3D e inteligência artificial num projeto que começou como uma homenagem a um dos robots mais memoráveis da história do cinema.
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