Quando a Apple lançou o iPhone em 2007 ela estabeleceu um novo padrão no mercado. De uma hora para outra os celulares ficaram ultrapassados e a maioria acabou virando peso de papel. O gosto de Steve Jobs pelo design deu origem a um aparelho icônico e revolucionário. O iPhone original era um computador de bolso. Mais que isso, um computador cheio de estilo, com tela sensível ao toque, capaz de tocar música, acessar a internet e rodar aplicativos. E ainda era um telefone.
Não demorou para ele ser copiado. Vários modelos de celular foram lançados no mercado para tentar concorrer com o iPhone, mas nenhum conseguiu chegar perto de ameaçar o reinado do aparelho da Apple. Foi aí que surgiu o Android, do Google, um sistema operacional aberto capaz de tornar os celulares tão inteligentes quanto o iPhone. Além da interface semelhante a do iOS, o sistema contava com sua própria loja de aplicativos. E em pouco tempo ele passou a ser instalado em diversos modelos de smartphones como HTC, LG, Motorola e Samsung.
O sucesso do sistema foi imediato. Surgiram modelos para todos os gostos e bolsos. A maioria não passava de clones do iPhone e mesmo os modelos topo de linha estava sempre atrasados tecnologicamente em relação à Apple. O fato é que os fabricantes estavam sempre correndo atrás e copiando tudo o que a americana inventava. Entre elas uma das que mais se destacou foi a Samsung, que colocou no mercado o Galaxy S e botou lenha na fogueira.
O bom desempenho da Samsung provocou a ira da Apple, que entrou com um processo bilionário contra a companhia sul-coreana acusando-a de violação de várias patentes do iPhone. Enquanto isso a Apple continuou a lançar novas versões do seu smartphone e a Samsung, do Galaxy S. Até que em 2012 a empresa da maçã colocou no mercado o iPhone 5 (pouco tempo depois da gigante asiática surgir com o Galaxy S3). Sem muitas novidades, o aparelho decepcionou e, apesar das boas vendas como sempre, não trouxe nenhuma grande novidade tecnológica.
No meu primeiro texto aqui no Tech&Net eu escrevi que a Samsung pode não ser a nova Apple, e que o recém-lançado Galaxy S4 precisa de algo mais para destronar o iPhone. No entanto a verdade é que o smartphone criado por Steve Jobs na década passada está ficando ultrapassado. Há anos ele não ganha um recurso realmente revolucionário. O último talvez tenha sido o assistente virtual Siri do iPhone 4S. Além disso a evolução do aparelho anda a passos lentos. Agora fico preocupado com rumores de que o iPhone 5S poderá ser apenas uma versão melhorada da geração atual.
Parece que aquele celular revolucionário é apenas parte do passado. Pouco a pouco o dispositivo que outrora surpreendeu o mundo por causa da sua tecnologia e design está ficando para trás diante dos recursos oferecidos pelos novos modelos de smartphones como o Galaxy S4, que traz funções excelentes na câmera, controles por gestos, isso sem falar no desempenho do processador muito superior.
Enfim, se ainda quiser continuar no topo o iPhone vai ter de se reinventar e oferecer mais do que apenas uma câmera melhorzinha ou um processador mais rápido em sua próxima geração. Está mais que na hora da Apple acordar e provar que ainda tem talento para deixar o mundo de queixo caído. Senão ela vai acabar atropelada por companhias como a Samsung e corre o risco de cair no mesmo limbo que engoliu a Palm, a Xerox e outras companhias que não souberam se renovar e se adaptar à agilidade dos novos tempos.
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