A Black Friday tornou-se uma das principais datas para o comércio mundial, destacando-se pelas ofertas e promoções que atraem milhões de consumidores.
Em 2023, o Brasil registou um aumento significativo de 16% no volume de vendas, atingindo um faturamento de 6,1 mil milhões de reais, de acordo com a Ebit/Nielsen. Contudo, a data também se apresenta como uma oportunidade para cibercriminosos, que tiram partido da alta atividade desta época do ano online para aplicar golpes online.
Estratégias mais comuns utilizadas por cibercriminosos
O ambiente digital da Black Friday é propício para várias estratégias fraudulentas (golpes online). A NordVPN, empresa especializada em cibersegurança, realizou uma pesquisa com mil brasileiros, na qual 81% dos entrevistados relataram ter recebido tentativas de fraude através do WhatsApp nos últimos dois anos.
As tentativas de phishing, que enganam utilizadores por meio de e-mails e mensagens que imitam grandes marcas, são um dos principais riscos. Estas mensagens contêm links falsos que redirecionam os consumidores para páginas criadas para recolher informações pessoais.
Os cibercriminosos também desenvolvem sites fraudulentos que imitam lojas verdadeiras, atraindo vítimas com preços excessivamente baixos. Após a compra, os produtos nunca são entregues, resultando em prejuízos para os consumidores.
Outro golpe recorrente envolve cupons de desconto falsos, que coletam dados pessoais ou redirecionam para páginas perigosas. Além disso, métodos de pagamento não oficiais são usados para desviar transações, deixando o comprador sem o produto adquirido.
Público mais vulnerável e métodos de proteção
A pesquisa revelou que pessoas das gerações mais velhas, como a Geração X (44 a 59 anos) e os Baby Boomers (60 a 74 anos), são as mais afetadas por fraudes em lojas online e produtos falsos.
As mulheres, em particular, são frequentemente visadas com links de login falsos, enquanto os homens relatam ser mais atingidos por golpes online de lojas fraudulentas. Outras técnicas, como chamadas falsas de suporte técnico e fraudes com boletos ou clonagem de cartões de crédito, também foram mencionadas por uma parcela considerável dos participantes.
Para minimizar os riscos, a NordVPN recomenda o uso de uma VPN, que protege as transações e impede que hackers acedam a dados pessoais.
A empresa aconselha ainda a desconfiar de ofertas extremamente generosas, a evitar redes Wi-Fi públicas para transações financeiras e a verificar se os sites possuem o cadeado de segurança (HTTPS). Estas medidas de segurança são fundamentais para garantir compras on-line mais seguras durante a Black Friday.
Perspetivas de crescimento dos golpes online na Black Friday
Com o aumento do tráfego digital e a procura por descontos, espera-se um crescimento nas tentativas de golpes online, quer através de phishing quer na distribuição de malware. Os consumidores, muitas vezes com pressa de aproveitar as promoções, tornam-se alvos fáceis para cibercriminosos.
Além de protegerem as suas informações, é essencial que os utilizadores estejam atentos a comportamentos suspeitos, verificando sempre a autenticidade das lojas e as condições das promoções.
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