A Open Cosmos anunciou a integração de três satélites portugueses na sua OpenConstellation, reforçando as atividades de observação da Terra no âmbito da Agenda Espacial Portuguesa inserida no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Expansão das operações em Portugal
Os satélites serão totalmente concebidos, fabricados e testados em Portugal pela Open Cosmos, incorporando tecnologias desenvolvidas por parceiros nacionais do setor espacial.
Equipados com cargas úteis de Observação da Terra (EO) e Internet das Coisas (IoT), estes satélites terão como missão monitorizar o Atlântico, a cobertura do solo, a biodiversidade e os impactos de desastres naturais como incêndios florestais e inundações.
Compromisso com o ecossistema espacial português
A filial portuguesa da empresa, Open Cosmos Atlantic, está a ampliar a sua equipa e a estabelecer novas instalações em Coimbra, previstas para estarem operacionais no início de 2025.
Este investimento visa desenvolver competências locais no fabrico de satélites, promovendo talentos nacionais e respondendo às necessidades dos mercados africano, europeu e latino-americano.
Benefícios da OpenConstellation
A OpenConstellation é uma infraestrutura partilhada de satélites que facilita o acesso a dados espaciais, reduzindo custos e eliminando a necessidade de organizações financiarem constelações próprias.
Com uma rede ampliada, os membros obtêm acesso a mais dados, tempos de revisita mais curtos e cobertura mais extensa, além de direitos exclusivos sobre as suas áreas de interesse. A Open Cosmos assegura a gestão completa das missões, desde a conceção até à operação e análise dos dados.
O CEO e fundador da Open Cosmos, Rafel Jorda Siquier, declarou: “Este contrato representa um marco significativo na nossa missão de democratizar o acesso ao espaço. Os satélites operados como parte da OpenConstellation permitirão que organizações globais enfrentem desafios como os impactos das alterações climáticas, impulsionando mudanças positivas em escala mundial.”
A parceria acelerará a construção dos três satélites, com lançamento previsto até 2026, aproveitando tecnologias já utilizadas pela Open Cosmos em missões como o ALISIO-1 para as Ilhas Canárias e o Phisat-2 para aplicação de inteligência artificial a bordo.
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