Estruturar uma carteira de investimentos alinhada ao perfil de risco exige avaliação cuidadosa dos seus objetivos
Quando se fala em construir uma carteira de investimentos, é importante entender o perfil de risco do investidor — ou seja, se ele está disposto a arriscar mais na seleção de ativos ou se prefere opções mais seguras.
Neste artigo, será ensinado como estruturar uma carteira de investimentos equilibrada, ajustada ao perfil de risco de cada investidor. Serão detalhados os tipos de ativos para cada carteira, renda fixa (CDBs, Tesouro Selic, etc.) ou renda variável (itsa4, AAPL, IVVB11, etc.)
Compreendendo o perfil de risco
Antes de montar a carteira, é importante conhecer o perfil de risco, que pode ser determinado com questionários, por exemplo. Sabendo essa informação, pode-se escolher mais facilmente os ativos do portfólio.
Em geral, o perfil de risco pode ser classificado em três categorias principais. A primeira é a do perfil conservador, que prefere segurança e estabilidade, aceitando rendimentos mais baixos para evitar grandes oscilações no valor de seus investimentos.
Em segundo lugar, existe o perfil moderado, que busca equilíbrio entre risco e retorno, aceitando certa volatilidade para obter retornos melhores no longo prazo.
E, por fim, há o perfil agressivo, disposto a correr maiores riscos em busca de retornos expressivos, mesmo que isso signifique enfrentar maiores oscilações no curto prazo.
A importância da diversificação
Diversificar consiste em alocar capital em classes diferentes de ativos. Por exemplo: um percentual em renda fixa, um percentual em ações, um percentual em commodities, entre outras categorias.
Essa estratégia funciona porque permite ao investidor alocar uma parte de seu capital em cada ativo. Dessa maneira, se um ativo performar mal, ele não compromete a rentabilidade de todo o portfólio.
Uma boa diversificação também permite um bom perfil de rentabilidade em todos os momentos. Por exemplo: se uma carteira tiver bons ativos de renda fixa e variável, pode performar bem tanto em épocas de altas taxas de juros quanto em momentos em que as taxas de juros estão baixas. Isso dá mais confiança ao investidor.
Escolha de ativos de acordo com o perfil de risco
Uma vez definido o perfil de risco e compreendida a importância da diversificação, o próximo passo é escolher os ativos adequados para a sua carteira. Aqui, cada perfil de risco terá uma composição diferente de ativos.
O principal objetivo do investidor conservador é preservar seu capital. Sendo assim, sua carteira deve ser composta majoritariamente por ativos de renda fixa, com no máximo uma pequena parcela em renda variável.
Os investidores moderados estão dispostos a aceitar um certo grau de volatilidade em busca de retorno mais expressivo. Títulos públicos, debêntures e CDBs podem coexistir com ações de empresas com bom histórico e fundos multimercado.
Nesse caso, o investidor moderado precisa entender qual percentual de seu patrimônio será investido em ativos de maior risco, como ações, fundos imobiliários, ETFs de renda variável, commodities e outros.
O investidor agressivo está mais disposto a correr riscos em troca de retornos potencialmente altos, por isso sua carteira costuma ser composta majoritariamente por ações, ETFs de renda variável, commodities e outros ativos com mais oscilação, com um pequeno espaço para a renda fixa.
Rebalanceamento periódico
Um ponto importante para qualquer carteira de investimentos é este: a realocação periódica de ativos. É essencial pensar neste aspecto, porque, conforme o tempo passa, alguns ativos podem perder ou ganhar valor de maneira expressiva, mudando a composição da carteira.
Por exemplo: em uma carteira, há duas ações. As ações da empresa A estão performando bem e valorizaram 200%, enquanto as da empresa B perderam valor em 30%. Nesse caso, o investidor pode querer vender parte das ações da empresa A e comprar mais ações da B para rebalancear.
Ou, então, ele pode avaliar que a empresa B está performando mal por incompetência dos gestores da companhia e pode escolher alocar capital em outra ação. São várias as possibilidades e cada investidor deve avaliar seu portfólio com cautela e conhecimento.
Por isso, vale a pena verificar a carteira algumas vezes no ano e rebalancear os ativos de maneira apropriada. Muitos investidores fazem isso por mês, alguns a cada trimestre, e outros, ainda, anualmente. É importante entender qual periodicidade é a ideal para cada um.
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