A NASA e a Boeing realizaram o retorno em segurança da cápsula Starliner, após um teste de voo não tripulado de três meses com destino à Estação Espacial Internacional (EEI).
A aterragem ocorreu a 6 de setembro, às 22h01 (hora local), em White Sands Space Harbor, no estado do Novo México. Este voo de teste teve como objetivo avaliar o desempenho da cápsula em condições reais de operação.
Segundo Ken Bowersox, administrador associado da Direção de Missões de Operações Espaciais da NASA, o teste permitiu à equipa aprender lições importantes sobre o desempenho da Starliner, mesmo sem tripulação a bordo.
A agência espacial norte-americana e a Boeing continuam a trabalhar para certificar a cápsula para missões de rotação de tripulação na EEI.
Problemas técnicos na Starliner durante o voo
O voo de teste da Starliner, que teve início a 5 de junho, foi o primeiro a incluir astronautas a bordo. Contudo, a missão foi afetada por problemas técnicos.
A 6 de junho, quando a cápsula se aproximava da estação espacial, foram identificadas fugas de hélio e falhas nos propulsores de controlo. Após várias semanas de testes no espaço e em solo, a NASA optou por proceder ao retorno da cápsula sem a tripulação, priorizando a segurança.
Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, que integravam a missão, permanecerão a bordo da EEI como parte das Expedições 71/72. Está previsto que regressem à Terra em fevereiro de 2025, a bordo da missão SpaceX Crew-9.
Revisão dos dados da missão
Após o regresso da Starliner, a cápsula será transportada para o Centro Espacial Kennedy, na Florida, onde será submetida a inspeções e processamento.
A NASA procederá à revisão detalhada de todos os dados relacionados com a missão, de forma a garantir que o sistema está preparado para voos regulares de tripulação para a EEI.
Este teste faz parte do Programa de Tripulação Comercial da NASA (NASA’s Commercial Crew Program), que tem como objetivo garantir o transporte seguro e fiável de tripulações para a Estação Espacial e para a órbita terrestre baixa.
O programa também visa ampliar as oportunidades de investigação científica a bordo da EEI e preparar o caminho para futuras missões de exploração humana da Lua e de Marte.
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