A CrowdStrike, uma empresa de cibersegurança, enfrenta um escrutínio intenso após uma atualização de software defeituosa ter causado uma das maiores falhas tecnológicas da história.
Um executivo sénior da empresa, Adam Meyers, vice-presidente de operações de contra-adversários, será ouvido no dia 24 de setembro por um subcomité da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, responsável pela segurança cibernética e proteção da infraestrutura nacional.
Vale lembrar que no dia 19 de julho deste ano, uma atualização de software defeituosa da CrowdStrike gerou problemas em computadores com o sistema operativo Microsoft Windows, resultando na falha de 8,5 milhões de sistemas que ficaram inoperacionais.
Este incidente, considerado o maior apagão na história da tecnologia da informação, será o foco principal do testemunho de Meyers.
Consequências económicas e legais
A falha gerou consequências significativas em diversos setores, desde a aviação até serviços governamentais e de emergência. Entre os mais afetados está a Delta Air Lines, que foi forçada a cancelar 7.000 voos, impactando 1,3 milhões de passageiros num período de cinco dias, com prejuízos estimados em 500 milhões de dólares.
A empresa aérea já anunciou que pretende avançar com uma ação legal contra a CrowdStrike. No entanto, a empresa de cibersegurança alega que não deve ser responsabilizada pelas interrupções nos voos e ainda não comentou sobre a necessidade de prestar depoimento em setembro.
Resposta da CrowdStrike e impacto no mercado
Em resposta ao incidente, a CrowdStrike reviu em baixa as suas previsões de receitas e lucros, indicando que o ambiente de negócios deverá permanecer desafiante durante aproximadamente um ano. Além disso, a empresa revelou que está a ser alvo de inquéritos por parte das autoridades governamentais, devido aos efeitos que a falha provocou em setores críticos, como o transporte aéreo, bancário, hospitalar, retalho, mercados de ações, e serviços de radiodifusão.
O presidente do comité de Segurança Interna, Mark Green, sublinhou a importância de restaurar a confiança nos sistemas de TI que sustentam serviços essenciais para os americanos. Em julho, o comité enviou uma carta ao CEO da CrowdStrike, George Kurtz, solicitando o seu depoimento sobre o apagão tecnológico global.
Esta audiência no Congresso ds EUA poderá trazer à luz novos detalhes sobre as causas e consequências do incidente, enquanto o setor de cibersegurança enfrenta desafios crescentes em garantir a integridade dos seus produtos e serviços.
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