Tens reparado nuns pontinhos a brilhar no céu noturno? Não, não são estrelas cadentes. São provavelmente satélites da Starlink, a empresa de internet do famoso Elon Musk. E há mais a caminho do que imaginas.
Em junho de 2024, já existiam mais de 6.200 satélites Starlink em órbita, mas este número muda constantemente com novos lançamentos. O objetivo da Starlink é ambicioso: criar uma verdadeira constelação de satélites para fornecer internet de alta velocidade a qualquer canto do mundo, até mesmo nos locais mais remotos.
Mas como é que estes satélites funcionam? Cada um tem o tamanho de uma mesa e pesa cerca de 260 kg. Estão equipados com antenas potentes para transmitir o sinal de internet e painéis solares para gerar energia. Além disso, usam lasers para comunicar entre si e propulsores para se manterem em órbita.
O lado obscuro da constelação: a poluição luminosa
Apesar dos benefícios da internet rápida em qualquer lugar, a Starlink tem sido criticada por astrónomos devido à poluição luminosa que os satélites causam. A sua luminosidade e movimento rápido interferem com a observação das estrelas e outros corpos celestes, prejudicando a investigação científica.
A SpaceX, empresa responsável pela Starlink, tentou minimizar este problema, mas as soluções iniciais não foram eficazes. Atualmente, os novos satélites estão equipados com uma espécie de “pala” para reduzir o reflexo da luz solar.
Um futuro brilhante, mas com desafios
A Starlink pretende lançar pelo menos 42 mil satélites, e outras empresas também estão a entrar na corrida pela internet espacial. Este aumento no número de satélites pode agravar a poluição luminosa e aumentar o risco de colisões no espaço.
Resta-nos esperar que a inovação tecnológica encontre soluções para estes desafios, para que possamos desfrutar da internet rápida em todo o lado sem comprometer a beleza do céu noturno e a investigação científica.
Starlink: a internet do futuro, mas a que preço?
A Starlink promete revolucionar o acesso à internet, mas levanta questões importantes sobre o impacto ambiental e científico. Será que o preço a pagar pela internet rápida em todo o lado é demasiado alto?
O debate está em aberto, e só o tempo dirá como a humanidade irá lidar com esta nova era da internet espacial. Entretanto, da próxima vez que olhares para o céu noturno, lembra-te que aqueles pontinhos brilhantes podem ser mais do que apenas estrelas.
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