A Apple e a Samsung têm convivido numa relação amor/ódio. Por um lado a Apple tem estado dependente da Apple devido a não conseguir encontrar nenhum outro fabricante com a mesma especialização tecnológica e capacidade de fabrico. Por outro lado é do conhecimento geral a guerra competitiva e judicial que envolve as duas empresas. Mas a Apple poderá ter uma saída com recurso a um gigante com décadas de experiência no fabrico de processadores – a Intel.
O cenário hipotético da Intel entrar no mercado de fabrico de chips ARM pode estar mais perto do que poderíamos pensar, devido a negociações que têm existido entre a Intel e Apple. Uma fonte próxima de uma das empresas revelou que os executivos reuniram-se ao longo do ano anterior, para discutir um acordo para fabrico de chips – onde unidades especializadas da Intel seriam usadas para produzir chips com a especificação da Apple. Mas, até agora nenhum acordo foi alcançado.
É do conhecimento geral que a Apple gostaria de libertar-se da relação desconfortável de dependência que actualmente tem com a Samsung. Actualmente, a fabricante de chips coreana constrói a série A de processadores encontrados no iPhone e iPad.
Além disso a Samsung mantém um papel preponderante sobre os negócios da Apple por causa de seu volume de produção inigualável por outro fabricante. Esta vantagem competitiva tem até sido usado pela Samsung para cobrar um preço mais elevado pelos seus chips à Apple.
É neste cenário que surge a Intel como um forte candidato a substituir a Samsung. A experiência da Intel no fabrico em larga escala mundial de processadores para o mercado dos PC’s, e ao mesmo tempo o facto de possuir o “know-how” das tecnologias necessárias, oferece bastantes garantias ao gigante de Cupertino. Além do mais há claramente interesse dentro da Intel em expandir suas operações de fabrico dentro do mercado móvel.
Mas porque é que a Intel está interessado em um acordo nestes moldes? A partir da perspectiva da empresa sediada em Santa Clara, um acordo com a Apple certamente seria estimulante para potenciar lucros no imediato. O outro lado da moeda é que seria também ao mesmo tempo prejudicial e contraproducente aos seus próprios esforços para promover a sua linha de processadores Atom e restante arquitectura x86 para dispositivos móveis.
As anteriores condicionantes para a Intel, significam que para esta parceria com a Apple dar algum fruto, além de ser necessário a última dar a luz verde, a decisão ficará pendente até o próximo CEO da Intel tomar posse, cuja identidade deve ser conhecida em breve. Recordamos que o actual responsável máximo da Intel, Paul Otellini irá se aposentar em Maio. Via Chicago Tribune
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