Deixar de usar a Google é como um divórcio, segundo Janet Vertesi, professora de sociologia em Princeton e especialista em privacidade. É difícil, mas pode valer a pena.
A primeira dica de Vertesi é não tentar largar a Google de uma vez. É como comer um elefante: só vais conseguir uma dentada de cada vez. Escolhe um produto da Google e substitui-o por uma alternativa. Começa pelo navegador, experimenta o Firefox, o Brave ou o DuckDuckGo. Depois, segue para o e-mail, armazenamento na nuvem, edição de documentos… Há um mundo de alternativas por descobrir!
Não troques seis por meia dúzia
Não caias na tentação de trocar a Google por outra gigante tecnológica. Diversifica as tuas ferramentas para evitar que uma única empresa tenha acesso a todos os teus dados. Combina diferentes serviços, como Proton e Zoho para e-mail, Dropbox e Resilio Sync para sincronização de arquivos, e CryptPad para edição de documentos online.
Se tens um telemóvel Android, considera instalar o /e/OS, um sistema operativo de código aberto livre de aplicações e influência da Google. Se preferires, um iPhone também pode ser uma opção mais amiga da privacidade. Para Chromebooks, experimenta distribuições Linux como o ElementaryOS.
Mantém a Google em quarentena
Se precisas de usar algumas apps da Google, como o Google Docs, isola-as num navegador dedicado. Isso impede que a Google use a tua conta para rastrear outras atividades online e ajuda a manter o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Largar a Google é um processo gradual e exige disciplina, mas os benefícios para a tua privacidade e bem-estar digital valem a pena. Descobre ferramentas criadas por comunidades e empresas com valores diferentes, como Signal, Mozilla e Proton, e liberta-te da dependência da gigante tecnológica.
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