A TikTok negou as alegações de um relatório da Reuters que sugeria a criação de uma versão exclusiva da app para os Estados Unidos. No entanto, fontes internas revelaram que a empresa tem vindo a trabalhar na separação do código-fonte do algoritmo de recomendação, num esforço que poderá levar mais de um ano.
Esta ação poderá ser uma tentativa da ByteDance, empresa mãe da TikTok, de acalmar os legisladores americanos que aprovaram uma lei a obrigar a venda das operações da TikTok nos EUA até janeiro de 2025, sob pena de proibição. A TikTok, no entanto, mantém que esta “desinvestimento qualificado” exigido pela lei é impossível, tanto comercialmente como tecnologicamente e legalmente.
A TikTok está a processar o governo americano para bloquear a lei com base na Primeira Emenda, e o tribunal decidiu acelerar o processo para tentar resolver a questão antes da lei entrar em vigor no próximo ano. As alegações orais estão agendadas para setembro, com uma decisão esperada para 6 de dezembro.
TikTok a explorar todas as opções
Enquanto aguarda a decisão do tribunal, a TikTok parece estar a explorar todas as opções para evitar problemas com a lei americana. Segundo fontes internas, a empresa chegou a considerar a possibilidade de disponibilizar parte do seu algoritmo em código aberto para aumentar a transparência.
Possíveis consequências para os utilizadores americanos
A criação de um algoritmo de recomendação de conteúdo exclusivo para os EUA pode permitir que a TikTok opere de forma independente da app chinesa, o que poderia satisfazer os legisladores preocupados com a possibilidade de o governo chinês espiar os americanos através da app.
No entanto, não há garantias de que a versão americana do algoritmo de recomendação de conteúdo da TikTok funcione tão bem como a app atual nos EUA. A separação da TikTok dos engenheiros chineses que desenvolveram e mantêm o algoritmo pode prejudicar a funcionalidade da app, afetando as recomendações da página “Para Ti” e a experiência dos utilizadores americanos.
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