Recentemente, houve um rebuliço em torno da notícia de que os smartphones Huawei Pura 70 eram produzidos com 90% de componentes provenientes de dentro da China. Porém, a informação acabou por se revelar falsa, o que gerou alguma apreensão relativamente à marca.
A notícia surgiu através de meios de comunicação chineses, que afirmavam ter dados de uma empresa japonesa chamada Fomalhaut Techno Solutions, a qual alegadamente teria analisado os componentes usados nos smartphones. Segundo essa análise, desde o processador principal até ao ecrã, passando pela bateria e pelas câmaras, a esmagadora maioria das peças seria de origem chinesa.
CEO da empresa japonesa desmente informação
Contudo, o CEO da Fomalhaut Techno Solutions, Minatake Mitchell Kashio, refutou as alegações. Kashio garantiu que não analisaram nenhum dispositivo Pura 70: “Nunca comentei nada sobre o Pura 70 porque não recebemos o produto”.
A Huawei, por sua vez, não tem sido totalmente clara sobre os detalhes dos componentes da série Pura 70. A informação confirmada foi apenas que o processador Kirin 9010 segue o mesmo processo de 7nm da SMIC, usado no Kirin 9000S presente na série Mate 60.
Huawei e a pressão das sanções
Parece que a marca chinesa arranjou formas de lidar com os desafios na cadeia de abastecimento, especialmente ao nível dos processadores. Recorda-se que em setembro de 2023, o governo dos EUA iniciou uma investigação após descobrir que o Huawei Mate 60 Pro, com um processador Kirin 9000S fabricado pela SMIC, poderia ter violado as restrições de exportação impostas pelos norte-americanos.
As investigações à alegada quebra de sanções ainda estão em curso, sem até agora, grandes revelações. Entretanto, a Huawei tem mostrado empenho em melhorar o desempenho dos seus processadores Kirin. Há inclusive rumores de que a empresa está a desenvolver um Kirin para computadores, que poderá ter níveis de desempenho semelhantes ao Apple M2.
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