A Huawei anunciou que a última versão do seu sistema operativo, o HarmonyOS Next, vai deixar de suportar aplicações desenvolvidas para o sistema Android.
Richard Yu, executivo da empresa, explicou que o HarmonyOS Next desenvolveu os seus próprios kernels, sistema de ficheiros, linguagem de programação, estrutura de inteligência artificial e modelos de linguagem.
Desde a sua estreia em 2019, o HarmonyOS era compatível com aplicações desenvolvidas para Android. No entanto, a Huawei expandiu a sua oferta de aplicações nativas do HarmonyOS, atraindo empresas e programadores de vários campos para construir um ecossistema proprietário.
800 milhões de dispositivos com HarmonyOS instalado
Yu referiu que cerca de 800 milhões de dispositivos têm o HarmonyOS instalado e que a empresa planeia que existam 5.000 aplicações nativas do HarmonyOS antes do final deste ano. Quase metade das 200 maiores aplicações da China começaram a desenvolver aplicações nativas HarmonyOS.
Segundo um relatório de pesquisa da Shengang Securities, havia cerca de 2,6 milhões de aplicações disponíveis no mercado chinês no final do ano passado, das quais potencialmente um milhão teria de migrar do Android para o HarmonyOS.
Huawei diz que resistiu às sansões norte-americanas
As sanções impostas pelos Estados Unidos à Huawei resultaram na proibição da Google de vender produtos à marca chinesa.
Estes produtos incluíam não só aplicações móveis da Google Store, mas também licenças para atualizações do sistema operativo Android.
No mês passado, o presidente rotativo da Huawei, Ken Hu, afirmou que a empresa tinha conseguido “resistir à tempestade” depois de anos de sanções de Washington. Hu previu que a Huawei encerraria 2023 com receitas de mais de 700 mil milhões de yuan, um aumento de mais de 9%, em relação ao volume de negócios de 2022.
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