Recentemente, a Volvo anunciou a suspensão temporária da produção de veículos elétricos (EVs) na sua fábrica na Bélgica, seguindo os passos da Tesla. Esta decisão deve-se à crise no Mar Vermelho, onde ataques de combatentes Houthi, apoiados pelo Irão, ameaçam a segurança das rotas comerciais marítimas.
A Tesla já tinha interrompido a produção na sua gigafábrica em Berlim, devido à falta de componentes provocada pelo bloqueio no Mar Vermelho.
Esta situação alarmante tem origem na decisão dos Houthi de bloquear o estreito de Bab al-Mandeb, perto do Iémen, como resposta aos ataques de Israel em Gaza. Esta área é um ponto crítico para o tráfego marítimo, conectando o Oceano Índico ao Mar Mediterrâneo através do Canal de Suez.
Desde outubro, vários navios comerciais foram atacados com drones e mísseis balísticos, e um navio de carga israelita foi mesmo capturado, conforme relatado pela BBC.
Impacto económico e medidas de segurança
A Volvo, que produz os modelos elétricos XC40 e C40 na fábrica de Ghent, e planeia adicionar o modelo EX30 EV no próximo ano, afirmou que não espera que esta interrupção afete significativamente os seus objetivos de produção. Contudo, a necessidade de desviar navios da rota do Mar Vermelho já causou atrasos na entrega de caixas de velocidades, essenciais para a montagem dos veículos.
O impacto destes ataques é sentido globalmente, com um aumento de 500% nos ataques no Mar Vermelho no último mês. As empresas de transporte marítimo, enfrentando este cenário de risco elevado, são forçadas a redirecionar ou mesmo parar os envios, o que implica custos adicionais significativos.
Segundo a Reuters, contornar África em vez de passar pelo Canal de Suez acrescenta cerca de 10 dias e 1 milhão de dólares em custos de combustível para viagens da Ásia para a Europa.
Tensões geopolíticas aumentam exponencialmente
As tensões na região continuam a escalar, com os EUA e o Reino Unido a realizar ataques aéreos contra alvos Houthi no Iémen. Este cenário geopolítico complexo e instável tem um impacto direto no mercado global de EVs, com estas interrupções na cadeia de fornecimento a afetar não apenas a Tesla e a Volvo, mas potencialmente outras empresas do setor.
Enquanto isso, para os proprietários de veículos elétricos, aconselha-se a aproveitar soluções domésticas de carregamento, como painéis solares no telhado, para minimizar o impacto destas interrupções. Serviços como o EnergySage facilitam a transição para a energia solar, oferecendo cotações personalizadas e aconselhamento imparcial, promovendo assim um estilo de vida mais sustentável e autossuficiente.
Estes acontecimentos sublinham a fragilidade das cadeias de fornecimento globais e o impacto que conflitos regionais podem ter em indústrias em todo o mundo. Acompanharemos de perto a evolução desta situação e os seus efeitos na indústria automóvel e no mercado de EVs.
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