O cofundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, anunciou este sábado que deixou a liderança do evento tecnológico, depois de ter feito comentários sobre o conflito entre Israel e o Hamas que geraram muitas críticas e cancelamentos.
Um pedido de desculpas considerado insuficiente
Paddy Cosgrave, que é irlandês, tinha escrito na rede social X (antiga Twitter) que estava impressionado com a atitude do Governo da Irlanda, que condenou os crimes de guerra cometidos por aliados. Esta publicação causou uma reação negativa entre vários responsáveis de empresas tecnológicas israelitas, que acusaram Cosgrave de ser parcial e ofensivo.
Cosgrave pediu desculpa na terça-feira, dizendo que compreendia que as suas palavras tinham causado dor em muitos e que o seu objetivo era lutar pela paz. No entanto, o pedido de desculpas não foi suficiente para evitar que o embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira, cancelasse a participação do país na Web Summit, considerando as declarações de Cosgrave “ultrajantes”. A Amazon também se juntou à lista de empresas que desistiram do evento, depois de o mesmo ter sido feito por Google e Meta, a proprietária do Facebook.
Uma mudança na liderança da Web Summit
Perante esta situação, Cosgrave decidiu deixar a liderança da Web Summit, admitindo que os seus comentários pessoais se tornaram numa distração. Pediu desculpa novamente por qualquer dano que tenha causado e disse que o evento, em Lisboa, continuaria como planeado. Segundo o jornal Sunday Independent, que avançou a notícia, um porta-voz da Web Summit confirmou que será nomeado um novo diretor-executivo em breve.
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