A Nokia, uma das principais fornecedoras de equipamento 5G, anunciou hoje que vai reduzir o seu número de funcionários em até 14 mil, como parte de uma reestruturação para enfrentar um ambiente de mercado “mais fraco”. A empresa finlandesa das telecomunicações emprega atualmente 86 mil pessoas.
Redução de custos e resultados negativos
A empresa disse que a medida visa reduzir as despesas com pessoal em 10% a 15% e poupar pelo menos 400 milhões de euros (421,4 milhões de dólares) só em 2024. No total, a empresa espera reduzir os custos em até 1,2 mil milhões de euros (quase 1,3 mil milhões de dólares) até o final de 2026. A Nokia afirmou que iria “agir rapidamente” para implementar as mudanças.
O anúncio coincidiu com a divulgação dos resultados do terceiro trimestre da empresa, que mostraram uma queda de 15% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa atribuiu o desempenho negativo à “incerteza macroeconómica e às taxas de juro mais elevadas” que continuam a pressionar as despesas dos operadores. As vendas de redes móveis caíram 19% no terceiro trimestre, devido a uma desaceleração no ritmo de implantação do 5G em mercados como a Índia.
Perspetivas e reação do CEO
Apesar dos resultados desfavoráveis, a Nokia manteve as suas perspetivas para 2023, prevendo entre 23,2 mil milhões de euros e 24,6 mil milhões de euros (24,4 mil milhões e 25,9 mil milhões de dólares) em vendas para o ano inteiro. A empresa disse que continua a acreditar na atratividade a médio e longo prazo dos seus mercados.
O CEO da Nokia, Pekka Lundmark, reconheceu que as decisões empresariais que afetam o pessoal são as mais difíceis de tomar. “Na Nokia, temos funcionários extremamente talentosos e vamos apoiar todos os que forem afetados por este processo”, afirmou no comunicado.
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