Eternity é uma banda de K-pop diferente de todas as outras. Os seus 11 membros não são pessoas reais, mas sim personagens virtuais criados com tecnologia de Inteligência Artificial (IA). A empresa Pulse9, responsável pelo projeto, afirma que as estrelas digitais têm vantagens sobre as humanas, como a capacidade de cantar, dançar, atuar e até falar várias línguas.
O último single da banda, “DTDTGMGN”, mostra os membros a dançar numa sala cor-de-rosa néon, ao som de uma batida pop bubblegum [chiclete]. O videoclipe tem mais de 10 milhões de visualizações no YouTube e recebeu elogios pela qualidade dos gráficos e da música.
Zae-in: a estrela multifacetada
Entre os membros da Eternity, destaca-se Zae-in, uma rapariga que consegue fazer tudo. Ela é vocalista, rapper, dançarina, designer de moda e atriz. Zae-in é interpretada por dez pessoas diferentes, que lhe emprestam os seus talentos através de tecnologia de troca de rosto em tempo real e de voz gerada por IA.
Zae-in tem uma conta no Instagram, onde partilha vídeos e fotos da sua vida virtual. Ela também interage com os seus fãs através de uma aplicação que utiliza um programa de linguagem de IA para gerar discurso. Ela diz que a sua única desvantagem é não poder dar um autógrafo.
O futuro do entretenimento virtual
A Eternity não é o único grupo virtual de K-pop. A SM Entertainment, uma das maiores agências do género, lançou em 2020 o Aespa, um grupo composto por quatro artistas humanos e os seus homólogos virtuais. A Metaverse Entertainment, uma empresa formada pela editora de videojogos Netmarble e pela Kakao Entertainment, estreou em janeiro deste ano o MAVE, um grupo feminino totalmente gerado por computador.
Estes grupos representam uma nova tendência no entretenimento, que explora as possibilidades da IA para criar conteúdos inovadores e personalizados. Os criadores destes projetos afirmam que o futuro do entretenimento é “celebridades e robôs”, e que as estrelas virtuais podem oferecer aos fãs uma experiência mais interativa e diversificada do que as reais.
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