Portugal atingiu um marco notável no sistema educativo. No ano letivo 2022/2023, o país alcançou o seu recorde no número de estudantes inscritos no ensino superior, com um total de 446 028 alunos, refletindo um aumento de 3% em relação ao ano anterior. Estes números não são apenas estatísticas, mas sim um testemunho do empenho e dedicação de Portugal na formação e qualificação da sua juventude.
Há que se destacar a evolução contínua que o ensino superior em Portugal tem registado ao longo dos anos. Desde o ano letivo 2015/16, o número de inscritos subiu 24%, demonstrando um progresso consistente. Naquela época, o ensino superior contava com 358 450 estudantes. Agora, superou a marca de 446 mil, um salto impressionante em apenas alguns anos.
Desagregando os números
Analisando mais profundamente os números divulgados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), observamos que dos 446 028 estudantes inscritos, 359 397 optaram pelo ensino superior público, enquanto 86 631 se inscreveram em instituições privadas. Dentro do ensino público, 223 564 alunos frequentam universidades, enquanto 135 833 estão inscritos em instituições politécnicas.
Em termos de ciclos de estudo, 75% dos alunos inscreveram-se em ciclos de formação inicial, dividindo-se entre cursos técnicos superiores profissionais, licenciaturas e mestrados integrados. Há também um número crescente de alunos em mestrados e doutoramentos, com 82 610 e 25 202 inscritos, respetivamente.
Dentro destes números, algumas áreas de estudo sobressaem pela sua popularidade. “Ciências Empresariais, Administração e Direito” lideram com 98 723 alunos, seguidos de “Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção” com 88 550 alunos e “Saúde e Proteção Social” com 68 941 inscritos.
Representação de género e estudantes internacionais
Ao observar a distribuição de género, nota-se uma presença mais expressiva de mulheres em quase todas as áreas de educação e formação, especialmente em áreas como “Educação”, “Artes e Humanidades”, “Ciências Sociais, Jornalismo e Informação” e “Saúde e Proteção Social”. Em contrapartida, os homens estão mais representados em áreas como “Tecnologias de informação e comunicação”, “Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção” e “Serviços”.
Outro dado interessante é o número crescente de estudantes estrangeiros que escolhem Portugal para prosseguir os seus estudos superiores. Do total de inscritos, 74 597 são estudantes internacionais, o que equivale a 17%. Além disso, sob programas de mobilidade internacional como o Erasmus, 17 822 alunos estão inscritos em estabelecimentos de ensino superior.
Entre os estudantes internacionais, a maioria provém do Brasil, seguido pela Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola e França.
Em direção ao futuro
Estes números reforçam a confiança de que Portugal está no caminho certo para alcançar as metas de qualificação de longo prazo. O objetivo é, até 2030, ter uma taxa média de frequência no ensino superior de 60% para jovens de 20 anos e 50% de diplomados do ensino superior entre os 30 e os 34 anos. E, considerando estes recentes desenvolvimentos, o futuro parece promissor para o ensino superior em Portugal.
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