A Apple introduziu códigos QR nos ecrãs do iPhone, uma iniciativa que tem como objetivo reforçar o controlo de qualidade na produção e simultaneamente reduzir o desperdício de materiais. Através destes códigos encriptados, a empresa tem a capacidade de monitorizar minuciosamente a qualidade dos ecrãs provenientes dos seus fornecedores, nomeadamente da Lens Technology e da Biel Crystal.
A estratégia envolve a colocação de dois códigos em cada ecrã: um na margem interna do ecrã e outro, com apenas 0,2mm, localizado numa posição diferente. Esta abordagem resultou numa significativa diminuição dos defeitos nos ecrãs, passando de uma média de 30% para apenas 10%. Este progresso não só traduz uma considerável poupança em custos para a Apple, como também assegura um controlo mais rigoroso sobre a qualidade de produção, evitando que fornecedores cobrem por ecrãs alegadamente defeituosos.
Na fase inicial deste projeto, a Apple enfrentou alguns obstáculos. A aplicação dos códigos QR nos ecrãs fragilizava-os, resultando em rachaduras durante os testes de queda, especialmente perto do local do código. Contudo, a empresa contornou estas dificuldades ao desenvolver novos métodos de digitilizar e ao adotar lentes microscópicas para evitar gravações excessivamente profundas no vidro.
Os códigos QR inseridos nos ecrãs têm funções distintas: o menor destina-se a investigar ecrãs que são reportados como defeituosos, enquanto o maior identifica realmente os ecrãs com problemas, indicando o fornecedor e, potencialmente, até o lote específico de produção. Este avanço reflete o compromisso estratégico da Apple em manter um controlo de qualidade rigoroso.
Controvérsias e desafios
De acordo com o site AppleInsider, ambas as empresas fornecedoras de ecrãs, Lens Technology e Biel Crystal, têm sido alvo de alegações relacionadas com a utilização de trabalho forçado. A Apple tem sido criticada por, alegadamente, não responder adequadamente a estas acusações, embora continue a monitorizar as empresas e os problemas associados à produção.
Atualmente, a série Apple 15 tem enfrentado outros problemas, como o sobreaquecimento e complicações com cabos USB-C. Estes smartphones usam um processador de 3nm, com o Apple A17 Pro a ser o pioneiro. O analista Ming-Chi Kuo antecipa uma procura mais fraca por esta tecnologia no próximo ano, o que poderá levar a Apple a reduzir as encomendas destes processadores.
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