Desde que assumiu a frente do Twitter, Elon Musk está esbarrando em diversas polêmicas. Entre elas, a disseminação de conteúdos sensíveis tem sido uma das pautas principais. Venha entender toda a situação!
Há um rebuliço no mundo digital desde que o Centro para Combater o Ódio Digital (CCDH) processou Elon Musk.
Agora, a agência divulgou outro relatório impactante sobre a plataforma X (antigo Twitter).
Este novo documento alega que o X não está fazendo o suficiente para combater o discurso de ódio em sua plataforma. Vamos dar uma olhada mais aprofundada no que está acontecendo e nas implicações dessa polêmica.
O relatório do CCDH revela a presença do discurso de ódio
O CCDH lançou recentemente um relatório de 23 páginas que chama a atenção para o que eles consideram um problema preocupante no X: a persistência do discurso de ódio.
De acordo com o relatório, os pesquisadores do centro encontraram 300 publicações com conteúdo de ódio em 100 contas diferentes no X. Alguns desses posts continham conteúdo explicitamente racista, antissemita e até negavam o Holocausto.
O que é mais alarmante é que, após relatar essas postagens ao aplicativo, o CCDH descobriu que 259 delas ainda estavam online após uma semana.
Além disso, 90 das 100 contas responsáveis por essas postagens permaneceram ativas na plataforma. O centro afirma que cada uma dessas postagens violou as políticas do X em relação ao discurso de ódio.
A resposta da plataforma em relação às alegações do CCDH nega veementemente as conclusões do relatório.
A empresa afirmou que possui políticas de moderação rigorosas e que remove postagens que violam essas regras ou limita seu alcance.
Além disso, o X argumenta que o CCDH está distorcendo o alcance real dessas postagens de ódio, já que não considera quantas pessoas as visualizaram.
“Ao não usar dados de impressão, o CCDH está enganando o público e fazendo afirmações infundadas sobre a atividade do usuário no X”, afirmou a empresa.
Desde que Elon Musk assumiu o controle do aplicativo, ele mencionou que o discurso de ódio na plataforma será “maximizado e desmonetizado”, o que significa que as postagens e contas podem não ser removidas completamente.
O X enfatiza que está comprometido em encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a moderação de conteúdo.
O relatório do CCDH também destaca outra preocupação: a veiculação de postagens de ódio ao lado de anúncios de 38 empresas, incluindo gigantes como Apple e Disney.
Isso coloca as empresas em uma situação delicada, pois estão indiretamente associadas ao conteúdo prejudicial.
Musk, por sua vez, processou o centro em agosto, acusando a organização de uma campanha para afastar anunciantes do X.
O que diz a CCDH?
Imran Ahmed, CEO do CCDH, esclareceu que a organização não utilizou ferramentas de coleta de dados para seu relatório mais recente.
Ele afirmou que os pesquisadores simplesmente examinaram a plataforma e documentaram o que encontraram. O centro está determinado a garantir a segurança e a responsabilidade nas mídias sociais e a responsabilizar as empresas por suas políticas de moderação.
A disputa entre o CCDH e o X está longe de terminar.
Enquanto o relatório insiste que o antigo Twitter não está fazendo o suficiente para combater o discurso de ódio, a empresa de Musk defende suas políticas de moderação.
Como isso se desenrolará e qual será o impacto nas redes sociais e na responsabilidade das empresas permanece uma incógnita.
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