As mudanças feitas por Elon Musk desde a compra do Twitter vem alterando também a forma como profissionais de marketing usam a plataforma. Agora com o rebranding para X, como isso impacta as estratégias na rede social?
Nos últimos meses o Twitter, uma das redes sociais mais utilizadas no mundo, vem vivendo uma onda de mudanças que vão muito além de um nome trocado.
Para profissionais de marketing, esse é um momento de dúvida e de oportunidade, tudo depende de como encarar o rebranding de Musk.
O motivo principal dado pelo bilionário para as mudanças que foram feitas é o seu desejo de tornar o app um “aplicativo completo”, indo além do social e abrangendo transações monetárias e até mesmo de relacionamento.
Até o momento isso é apenas especulação, já que não tivemos nenhuma atualização desse nível na plataforma. Mas podemos usar a previsão como uma fonte de ideias.
Fique de olho nos comentários de profissionais na área sobre o tema e também no que essas mudanças podem significar para você e sua empresa.
Como a mudança do X impacta o seu marketing?
Assim como acontece em qualquer plataforma, o mais importante de ser visto e medido quando falamos em oportunidades de marketing não é o que um app oferece em si, mas o interesse e comportamento de seus utilizadores.
Em maio deste ano, o Pew Research Center realizou uma pesquisa comportamental entre os utilizadores americanos da ferramenta buscando medir o interesse deles em divulgações e interações com marcas.
O estudo é um bom ponto de referência, uma vez que os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar em número de utilizadores do Twitter.
As conclusões que mais chamaram a atenção dos pesquisadores foram referentes a parcela do público que pretende abandonar a plataforma dentro do próximo ano.
De acordo com a Pew Research Center, 25% dos entrevistados afirmaram ser pouco provável ou nada provável que estejam logados no Twitter em 2024.
Essa resposta se torna ainda mais preocupante para o setor de marketing após o comunicado feito pelo próprio Musk em sua conta, na qual tenta manter o controle da narrativa sobre a queda dos anúncios pós-rebranding.
“Ainda estamos com fluxo de caixa negativo, devido a uma queda de ~50% na receita de publicidade, além de uma pesada carga de dívidas. Precisamos alcançar um fluxo de caixa positivo antes de termos o luxo de qualquer outra coisa“, disse ele.
Com o futuro sendo uma incógnita, marcas e influenciadores estão buscando diversificar suas estratégias nas redes sociais.
O ocorrido com o Twitter se tornou um alerta para outras mídias sociais e profissionais de marketing que acabam concentrando esforços em apenas uma plataforma. Assim, diversidade é a palavra da vez.
O que especialistas têm a dizer?
O rebranding de Musk se tornou um dos assuntos mais comentados nas últimas semanas. E sobre o tema, alguns especialistas na área de marketing também se pronunciaram.
Becci Salmon, diretora de design da agência de publicidade FCB London, disse ao The Drum que “a reputação e o reconhecimento do Twitter não foram construídos da noite para o dia”.
“Twitter, tweets, twittar – tudo isso faz parte do vocabulário, uma familiaridade que foi construída ao longo de 17 anos. [Musk está] destruindo uma marca que tem sido fundamental nas mídias sociais”, afirmou Salmon.
E a diretora não é a única com essa opinião. Richard Michie, CEO e fundador da The Marketing Optimist, foi outro a dizer que o rebranding de Musk é um “suicídio absoluto de marketing”.
Já Mark Ritson, doutor em Marketing e ex-professor em programas de MBA da London Business School e do MIT, se dedicou a escrever um artigo completo mostrando seu ponto de vista.
O texto, publicado no portal MarketingWeek, teve o título “12 razões pelas quais o rebranding do Twitter para X é um erro”.
Nele, Ritson afirma que o que Musk tem feito é tomar decisões sozinhos e que esse pode ser o que derrubará o bilionário na compra da rede social.
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