Anos após o primeiro homem pisar na Lua, a corrida espacial entre China, Rússia e EUA é reiniciada com grande interesse das potências em tornar a conquista do satélite uma etapa para chegar a Marte.
Não é de hoje que ouvimos falar sobre corrida espacial. Na década de 1960 esse foi um dos grandes assuntos em alta, culminando na icônica foto de Buzz Aldrin pisando em solo lunar em julho de 69.
Entretanto, o que parecia ter ficado no passado agora retorna com toda a força por conta de interesses econômicos, científicos e estratégicos para usar a Lua como suporte para chegar a Marte.
Sendo o ambiente ideal para testar ferramentas, veículos e apetrechos espaciais, o satélite natural vem se tornado cada vez mais objeto de cobiça entre grandes potências.
A China, por exemplo, já afirmou ter planos de construir uma base no local antes de 2030. Proposta essa que parece ter grandes possibilidades de se concretizar, uma vez que o programa espacial chinês vem recebendo investimentos bilionários.
Em 2019, o país se tornou o primeiro a pousar uma nave no lado oculto da Lua, na sequência, em 2020, trouxe à Terra amostras lunares em uma operação que não era realizada há mais de 40 anos.
Já em 2021, realizou a ambiciosa façanha de pousar um pequeno robô em solo marciano.
A corrida espacial reinicia
Assim como aconteceu há mais de 50 anos, os Estados Unidos encabeçam mais uma corrida histórica em direção ao espaço.
Meio século depois das missos Apollo, a NASA (Agência Espacial Americana), agora se concentra no programa Artemis para levar a primeira mulher e o primeiro homem negro à solo lunar em 2025.
Assim como a China, os americanos desejam construir uma base no lugar e uma estação espacial em sua órbita.
Isso deve facilitar a complexa viagem tripulada até Marte, um sonho não mais tão distante assim.
Um diferencial que vimos acontecer nos anos 60 é a intervenção de empresas privadas independentes nessa corrida.
A SpaceX, de Elon Musk, também tem planos de conquistar a Lua. Em abril do ano passado, um teste realizado com esse objetivo acabou na explosão de um foguete Starship.
O terceiro pilar dessa disputa é formado pela Rússia, também figura importante nas primeiras conquistas do satélite terrestre.
Na noite de quinta para sexta-feira da semana passada, madrugada do dia 11 de Agosto, o país lançou sua primeira nave em direção à Lua desde 1976.
Nomeada de Luna-25, o objetivo da missão é inspecionar o local para uma possível base em órbita junto com a China.
Apesar de ter seus esforços de cooperação com o ocidente interrompidos após o início da guerra com a Ucrânia, o presidente Vladimir Putin garantiu a continuidade do programa lunar.
A corrida cada vez mais acirrada
Diferente do que vimos há tanto tempo, os nomes que buscam ganhar essa corrida espacial agora se diversificam.
Apesar dos países citados até aqui serem os únicos a efetivamente já terem pousado na superfície do satélite, os avanços tecnológicos permitem que novos candidatos – sejam eles públicos ou privados – se juntem a essa lista.
A Índia, por exemplo, colocou em órbita lunar o foguete não tripulado Chandrayaan-3, o qual deve pousar na Lua ainda no mês de agosto.
Contudo, essa não é uma tarefa fácil. Em 2019, Israel foi um dos países a tentar tal façanha, mas falhou. O mesmo problema aconteceu em abril de 2023, quando o módulo de aterrissagem Hakuto não completou a missão proposta pela startup japonesa ispace.
Para além da SpaceX, outras duas empresas privadas americanas entram nessa batalha: Astrobotic e a Intuitive Machines. Sem testes realizados por nenhuma das duas, as firmas tentarão a sorte ainda esse ano.
A corrida espacial está cada vez mais intensa, mas para quem você torce para atingir essa conquista primeiro?
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