Ficaste a saber que o Zoom, a nossa tão conhecida plataforma de videoconferências, está a planear usar os teus dados para alimentar a inteligência artificial (IA) deles? Isto não é propriamente uma novidade no mundo da tecnologia, mas o Zoom decidiu ir um passo além. Eles atualizaram os termos de serviço para incluir o facto de que os utilizadores terão obrigatoriamente que concordar com a recolha de dados pela empresa.
O preço da evolução da IA
A ideia de usar os dados dos utilizadores para treinar os algoritmos e os modelos de linguagem da IA não é de todo descabida. Faz parte do processo de melhorar os serviços, torná-los mais eficientes e personalizados. E claro, este movimento também se alinha com a tendência crescente no mundo tecnológico de integrar IA em todas as aplicações possíveis.
Então, o que a Zoom planeia fazer com os teus dados exatamente? Segundo a secção 10.4 dos seus termos e condições, eles terão direito a uma “licença perpétua, global, não exclusiva, isenta de direitos, sublicenciável e transferível” para usar e processar o teu conteúdo de todas as maneiras possíveis. Isto inclui a redistribuição, publicação, acesso, uso, armazenamento, transmissão, revisão, divulgação, conservação, extração, modificação, reprodução, partilha, exibição, cópia, distribuição, tradução, transcrição, criação de trabalhos derivados e processamento.
O debate sobre a privacidade
Naturalmente, este novo movimento do Zoom está a levantar questões de privacidade e consentimento. Enquanto alguns argumentam que é um passo necessário para melhorar a plataforma e os serviços do Zoom, outros sentem que a empresa está a ultrapassar os limites do que é aceitável em termos de consentimento, privacidade e direitos individuais.
Portanto, embora a intenção da Zoom seja aprimorar a sua plataforma e serviços, é evidente que muitos utilizadores se sentirão desconfortáveis ao usar o serviço, sabendo que qualquer informação pode ser recolhida para treinar os seus algoritmos.
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