A inteligência artificial generativa tem ganho destaque sobre a criptomoeda no último ano, e o bilionário mais presente online no mundo, Elon Musk, decidiu marcar posição. Musk acaba de anunciar a criação da sua própria startup de inteligência artificial, a xAI. Com a confiança que lhe é característica, Musk afirmou que o objetivo da empresa é “entender a verdadeira natureza do universo”.
Equipa de peso: de DeepMind a Microsoft
A equipa da xAI conta com Musk e outros investigadores que já trabalharam em projetos de inteligência artificial para empresas como DeepMind, Google, OpenAI, Tesla e Microsoft. Isso significa que a equipa tem experiência em alguns dos sistemas de aprendizagem automática mais avançados de hoje, incluindo o modelo de linguagem GPT-4 e o bot AlphaStar StarCraft II. Dan Hendrycks, do Center for AI Safety, aconselha a xAI, aceitando um salário de apenas 1 dólar para garantir que não seja indevidamente influenciado.
O interesse crescente na inteligência artificial generativa levou muitos gigantes da tecnologia a tentar perceber como podem tirar partido destes robots mais inteligentes. A Microsoft decidiu integrar o ChatGPT em tudo: Bing, Windows, aplicações Microsoft 365 e provavelmente mais por vir. Entretanto, a Google tem tentado alcançar o mesmo com o seu Bard AI, e também está a experimentar inteligência artificial generativa em aplicações como o Gmail e Drive.
Competindo com gigantes: será estratégia?
Musk chamou a atenção há alguns meses ao lançar uma carta aberta, com outras personalidades notáveis da tecnologia, pedindo uma pausa no novo desenvolvimento de inteligência artificial. E agora, apenas alguns meses depois, está a lançar uma startup de inteligência artificial, o que nos leva a questionar se Musk não estaria apenas a tentar abrandar a concorrência.
Claro, esta não é a primeira investida de Musk na inteligência artificial. A Tesla faz uso extensivo de inteligência artificial nos seus veículos, alguns dos quais já não possuem sensores de radar e ultrassónicos. Isso significa que as funcionalidades de condução autónoma dependem inteiramente de câmaras e dos sistemas de inteligência artificial que interpretam as imagens. Musk também fez parte do conselho de administração da OpenAI no seu início, mas deixou a empresa três anos depois, em 2018, supostamente porque queria ser o CEO, o que o restante conselho desaprovou.
O futuro da xAI: a desvendar
Musk e o resto da equipa da xAI poderão esclarecer um pouco mais sobre a empresa num próximo live stream. No evento do dia 14 de julho, Musk será acompanhado por 11 investigadores-chave da nova empresa. O evento será realizado no Twitter Spaces, e esperemos que corra melhor do que o famoso e desastroso anúncio da campanha de DeSantis há algumas semanas atrás. Aquele stream foi marcado por erros técnicos e falhas de performance do Twitter.
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