A Apple e a Nokia voltaram a selar um acordo de licenciamento cruzado de patentes, que desta vez inclui inovações no campo das tecnologias 5G.
Negócios entre gigantes tecnológicos
Recordaste do acordo assinado entre as duas empresas em maio de 2017? Na altura, a empresa finlandesa comprometeu-se a fornecer à Apple “certos produtos e serviços de infraestrutura de rede”. Em troca, a gigante de Cupertino retomou a venda de produtos de saúde da Nokia tanto nas suas lojas físicas como online. O litígio entre as duas empresas, para desgosto de muitos advogados, foi considerado resolvido.
Este acordo, que estava agendado para terminar no final deste ano, foi renovado. A Nokia anunciou hoje que celebrou um novo acordo de licença de patentes de longo prazo com a Apple. Este novo pacto abrange as inovações 5G da Nokia, bem como outros avanços tecnológicos patenteado pela empresa finlandesa.
Futuro seguro no universo 5G
Embora os termos do acordo não tenham sido divulgados, a Nokia confirmou que, sob o novo pacto de licenciamento de patentes, começará a receber pagamentos da Apple por vários anos a partir de janeiro de 2024.
Lembras-te que, nos termos do acordo que está prestes a expirar, a Apple fez um pagamento inicial à Nokia (o montante nunca foi divulgado) e também recebeu outros pagamentos da Apple durante a vigência do acordo?
Jenni Lukander, presidente da Nokia Technologies, expressou o seu contentamento com a celebração deste acordo. “Estamos muito satisfeitos por termos concluído um acordo de licença de patentes de longo prazo com a Apple de forma amigável. Este acordo reflete a força do portfólio de patentes da Nokia, os investimentos de décadas em I&D e as contribuições para os padrões de celular e outras tecnologias”, afirmou.
Desde o ano 2000, a Nokia investiu mais de 140 mil milhões de euros em Pesquisa e Desenvolvimento e possui 20.000 famílias de patentes (uma família de patentes é o número de patentes recebidas em vários países para proteger uma única invenção), incluindo 5.500 famílias de patentes consideradas essenciais para a conectividade 5G. Como patentes essenciais, devem ser licenciadas em termos justos, razoáveis e não discriminatórios.
Embora a Nokia tenha sido a marca de smartphones mais vendida a nível global quando o iPhone foi introduzido em janeiro de 2007, a empresa vendeu a sua divisão de smartphones à Microsoft em 2014, numa tentativa de ganhar mais tração para um terceiro concorrente num sector que estava a caminhar para um duopólio iOS-Android. Mas a falta de apoio dos programadores significou que a Microsoft não conseguiu fazer melhor do que a Nokia.
Em 2016, a Microsoft vendeu os direitos da marca de smartphones Nokia a um grupo liderado pela HMD Global. Atualmente, a Nokia e a Apple não competem entre si no mercado de smartphones.
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