A Meta vai bloquear os conteúdos noticiosos no Facebook e Instagram de utilizadores do Canadá depois de o país aprovar legislação sobre as notícias online.
A Meta – que detém aquelas o Facebook e Instagram, já havia avisado que esta seria a única forma que teria de cumprir a legislação, caso ela fosse aprovada.
O Online News Act afora aprovado pelo governo canadiano, obriga a que as redes sociais paguem aos produtores de notícias pela partilha do conteúdo.
O Online News Act foi concebido para fazer face à queda vertiginosa das receitas de publicidade que as organizações noticiosas canadianas sofreram nas últimas duas décadas. Para tal, exige que as grandes empresas tecnológicas, como a Google e a Meta, proprietária do Facebook e Instagram, negoceiem planos de reembolso com esses meios de comunicação para a publicação de notícias nas suas respectivas plataformas.
O Canadá não é o primeiro país a avançar com este tipo de legislação. A Austrália já o tinha tentado e a resposta do Facebook e Instagram, bem como do Google, foi a mesma.
Em 2021, a empresa retirou as suas funcionalidades de notícias do mercado australiano depois de o país ter aprovado uma legislação de indemnização semelhante – chegando mesmo a impedir que os editores se ligassem às suas publicações na plataforma de redes sociais.
A mudança então ocorrida teve um impacto negativo nas páginas de várias agências governamentais australianas, bem como de várias organizações sem fins lucrativos da região, e acabou por ser revertida.
Ao Engadget, um porta-voz do Google afirmou: “Estamos a fazer tudo o que podemos para evitar um resultado que ninguém quer. Em cada passo do processo, propusemos soluções ponderadas e pragmáticas que teriam melhorado o projeto de lei e aberto caminho para aumentarmos os nossos já significativos investimentos no ecossistema de notícias canadiano. Até à data, nenhuma das nossas preocupações foi tida em conta. O projeto de lei C-18 está prestes a tornar-se lei e continua a ser impraticável. Continuamos a procurar urgentemente trabalhar com o governo num caminho a seguir”. A lei foi agora aprovada.
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