O Giro d’Itália começa hoje na Costa dei Trabocci. Aquela que é considerada a mais dura das três grandes provas do ciclismo mundial começa com um contrarrelógio e termina a 28 de maio nas sete colinas de Roma.
A primeira semana tem as primeiras dificuldades a surgirem na sexta-feira, dia 12, com a subida ao Campo Imperatore. Mas esta é uma semana que fica marcada pelos contrarrelógios. São nada menos do que duas etapas de contrarrelógio individual.
A primeira semana do Giro d’Itália
Na primeira semana, o pelotão enfrenta dois contrarrelógios e uma chegada em alto. Entre 6 e q4 de maio, os ciclistas vão percorrer 1.404,6 quilómetros de uma Volta a Itália que tem um total de 3.489,2 quilómetros.
1ª etapa (hoje) 19,6 km: Costa dei Trabocchi (Fossacesia Marina) – Ortona
A primeira etapa, que se corre hoje, pode fazer as primeiras diferenças. Neste contrarrelógio individual de 19,6 quilómetros entre Fossacesia Marina e Ortona, os primeiros 14 quilómetros são planos e seguem o percurso da Ciclovia Adriática. A maior dificuldade dos ciclistas está na chegada a Ortona, com uma subida de 1.300 metros a uma inclinação média de 5,4%, antes de uma descida suave que leva a uma ligeira subida com 2% de inclinação, mas que tem os últimos 300 metros em empedrado.
2ª etapa (amanhã) 201 km: Teramo – San Salvo
A segunda etapa do Giro d’Itália tem 201 quilómetros. Basicamente plana, a etapa tem algumas subidas suaves, com duas contagens de montanha de 4ª categoria. Será uma tirada sem grande história.
3ª etapa (2ª feira) 216 km: Vasto – Melfi
O pelotão deixa a costa adriática em direção a Melfi, numa etapa de 216 quilómetros, a maioria dos quais em terreno plano. Os primeiros 170 quilómetros rodam-se em estrada larga e com curvas suaves. Com a chegada aos Monti del Vulture, nos últimos 46 quilómetros, o percurso é sinuoso, com subidas de 6% e 7% de inclinação e duas contagens de montanha, de 3ª e 4ª categoria.
4ª etapa (3ª feira) 175 km: Venosa – Lago Laceno
E à quinta etapa aparece a média montanha e temos a primeira chegada em alto. Entre Venosa e Lago Laceno temos 3 contagens de 2ª categoria. São subias longas, mas suaves, com inclinações constantes entre os 5 e os 6 por cento. A maior dificuldade está no final. Os últimos 15 quilómetros são de subida acentuada até ao planalto.
A subida de Colle Molena termina a três quilómetros da meta, mas a montanha continua, com a estrada a subir em curva durante três quilómetros com uma inclinação de 10% e uma rampa a 12%. Os últimos 3 quilómetros são planos.
5ª etapa (4ª feira) 171 km: Atripalda – Salerno
A 5ª etapa pode ser uma das oportunidades para os sprinters brilharem. O percurso começa por ser ondulado, com duas montanhas categorizadas como sendo de 3ª categoria, mas nivela nos últimos quilómetros desta tirada em que os ciclistas percorrem 171 quilómetros até à costa do Tirreno.
6ª etapa (5ª feira) 162 km: Nápoles – Nápoles
Uma etapa ondulada e sinuosa, mas sem grandes dificuldades, com o pelotão a vencer uma escalada de 2ª categoria ao quilómetro 48 e uma de 3ª categoria ao quilómetro 95.
7ª etapa (6ª feira) 218 km: Capua – Gran Sasso d’Italia (Campo Imperatore)
A primeira grande dificuldade, com a alta montanha a dizer presente no Giro d’Itália. Ver-se-á-se-à quem são os primeiros a cortar a meta a cerca de 2.000 de altitude, no final que coincide com uma contagem de montanha de 1ª categoria. Nos últimos 47 quilómetros o percurso é feito sempre a subir, com uma contagem de 2ª pelo meio. Antes, o pelotão já tinha passado uma primeira montanha de segunda categoria.
8ª etapa (sábado) 207 km: Terni – Fossombrone
Uma etapa de média montanha em que os primeiros 150 quilómetros são de aproximação à meta e em que toda a animação ocorrerá nos últimos 60 e, principalmente, no Monte delle Cesane, onde são enfrentadas rampas que chegam aos 18 por cento de inclinação, e no Capuccini, uma subida de 2,8 quilómetros perto da meta com rampas que chegam aos 19 por cento, antes de descerem para a meta, a quatro quilómetros. As montanhas são de 2ª e de 4ª categoria.
9ª etapa (domingo) 35 km: Savignano sul Rubicone – Cesena (Technogym Village)
Contrarrelógio plano, mas muito longo. A quilometragem do contrarrelógio a fechar a primeira semana de prova é a sua principal dificuldade. Podem ser feitas diferenças significativas.
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