O módulo lunar Hakuto-R, pertencente a uma empresa japonesa, deixou de enviar dados segundos antes de alunar. O Hakuto-R seria o primeiro veículo privado a aterrar na Lua.
O Centro de Controlo da Missão HAKUTO-R, em Nihonbashi, Tóquio, confirmou que o módulo de aterragem se encontrava em posição vertical quando efetuou a aproximação final à superfície lunar, mas pouco tempo depois da hora estimada, a nave não enviou nenhum dado que permita dizer que alunou em segurança. Pelo contrário.
Os engenheiros da ispace, a empresa que lançou o projeto, concluíram que os tanques de combustível atingiram o seu grau mínimo e que depois disso a velocidade de descida aumentou. Em comunicado, a ispace afirma que “depois disso, deu-se a perda de comunicação. Com base nisto, foi determinado que existe uma grande probabilidade de o módulo de aterragem ter acabado por fazer uma aterragem violenta na superfície da Lua”.
O Centro de Controlo da Missão HAKUTO-R está, apesar de tudo, contente com os resultados da Missão 1. Dos nove marcos que os engenheiros da ispace tinham para esta missão, oito foram concluídos com sucesso.
A visão da ispace: a Hakuto-R foi só o início
Nova tentativa em 2024
Ao tentar completar o marco 9, o Centro de Controlo da Missão conseguiu adquirir dados e conhecimentos valiosos desde o início até quase ao fim da sequência de aterragem, que permitirão uma futura missão de aterragem lunar bem-sucedida. Acredita-se firmemente que este é um grande salto em frente para a futura exploração lunar e um marco importante para fazer avançar o desenvolvimento espacial pelo sector privado para o próximo nível, não só no Japão, mas também no mundo.
“Embora não esperemos concluir a aterragem lunar neste momento, acreditamos que cumprimos plenamente o objetivo desta missão, tendo adquirido uma grande quantidade de dados e experiência ao sermos capazes de executar a fase de aterragem. O importante é transmitir estes conhecimentos e aprendizagens à Missão 2 e seguintes, para que possamos tirar o máximo partido desta experiência”, afirmou Takeshi Hakamada, fundador e director executivo do ispace. “Para tal, já estamos a desenvolver a Missão 2 e a Missão 3 em simultâneo e preparámos uma base que pode manter esta a continuidade”.
A ispace tem previsto lançar a Missão 2 em 2024 e a Missão 3 em 2025. Até ao momento apenas três projetos estatais conseguiram pousar na Lua com sucesso. A honra cabe aos Estados Unidos, Rússia e China. Se a ispace o conseguir, será o primeiro projeto privado a consegui-lo. Atualmente, tem a concorrência dos norte-americanos com o projeto Artemis.
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